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Levantamento mostra que 40 cidades de Pernambuco estão em risco de surto de chicungunha, dengue e zika; veja a lista

Segundo Secretaria Estadual de Saúde, 22% das cidades do Estado apresentam altos índices de larvas do mosquito

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Cinthya Leite

Publicado em 22/02/2022 às 12:31
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Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) indica 40 municípios pernambucanos em situação de risco de surto de dengue, zika e chicungunha. Isso significa que 22% das cidades do Estado que fizeram o levantamento, têm altos índices de larvas do mosquito. Dos 184 municípios de Pernambuco, apenas dois não enviaram informações para o LIRAa: Tupanatinga e Petrolândia, ambos no Sertão. 

Segundo a Secrearia Estadual de Saúde (SES), de acordo com resultado do último LIRAa, foi observado que apresentam risco de surto: Abreu e Lima, Cabrobó, Sertânia, Bodocó, Cupira, Iati, Ingazeira, Afogados da Ingazeira, Caruaru, Casinhas, Itaíba, Santa Cruz da Baixa Verde, São Lourenço da Mata, Aliança, Buíque, Carnaubeira da Penha, Santa Maria do Cambucá, Gravatá, Parnamirim, Brejinho, São José do Belmonte, Salgueiro, Caetés, Tabira, Brejo da Madre de Deus, Custódia, Taquaritinga do Norte, Granito, Bom Conselho, Feira Nova, Moreilândia, Serra Talhada, Venturosa, Camaragibe, Surubim, Glória do Goitá, Verdejante, Arcoverde, Limoeiro, Terezinha.

Atualmente Pernambuco está em baixa de casos de arboviroses, mas isso não é motivo para descuido das medidas que ajudam a evitar proliferação do mosquito Aedes aegypti, especialmente nestas cidades em risco de surto. Esse "mapa do mosquito", como também é chamado o LIRAa, é um instrumento fundamental para o controle do Aedes aegypti. Com base nas informações coletadas no LIRAa, as autoridades sanitárias podem identificar os locais onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito, bem como o tipo de depósito onde as larvas foram encontradas. O objetivo é que, com a realização do levantamento, os municípios tenham melhores condições de fazer o planejamento das ações de combate e controle do mosquito. 

Números 

Dados publicados no boletim da Secretaria Estadual de Saúde (SES) mostram que este ano, para dengue e chicungunha, houve uma diminuição nas notificações de 44% e 48%, respectivamente, em comparação com o mesmo período de 2021. O balanço considera as notificações deste ano feitas entre os dias 2 de janeiro e 12 de fevereiro. Se forem considerados os registros de zika, a redução foi ainda mais expressiva, chegando a 84%.

Em números absolutos, este ano acumula 1.216 notificações de pessoas que adoeceram com sintomas de dengue. Desse total, 79 casos foram confirmados e outros 253 descartados. Ao todo, 98 dos 184 municípios pernambucanos registraram casos. No mesmo período de 2021, foram 2.181 casos suspeitos (redução de 44,2% este ano).

Já em relação a chicungunha, são 406 notificações de pessoas com manifestações suspeitas da doença. Entre elas, 40 tiveram o diagnóstico confirmado, e 50 cidades do Estado registraram casos. No mesmo período do ano passado, foram 777 suspeitas (agora, a redução é de 47,7%). Por enquanto, não há confirmações de zika entre as 30 notificações. No mesmo período de 2021, foram 191 notificações de zika (ou seja, há uma queda maior do que 80% este ano). Segundo a SES, Pernambuco não confirmou ainda morte decorrentes de complicações causadas pelas arboviroses.

A capital pernambucana também registra redução de casos de arboviroses este ano. Segundo a Secretaria de Saúde do Recife (Sesau), até 5 de fevereiro de 2022, foram confirmados quatro casos de dengue e quatro de chicungunha. Não há, por enquanto, confirmação de zika. Em 2021, no mesmo período, foram confirmados 118 casos de dengue e 93 de chicungunha. Até o momento, não houve a notificação de óbitos por arboviroses na cidade. Até agora, 75% dos casos confirmados de arboviroses foram em pessoas na faixa etária de 20 a 39 anos.

"Apesar da redução nos números, que é fruto da seriedade com que a Prefeitura do Recife e a Secretaria de Saúde têm enfrentado as arboviroses, a população não pode se descuidar e precisa se esforçar para eliminar os focos de mosquito em suas casas, já que mais de 80% deles são encontrados dentro das residências", reforça a secretária-executiva de Vigilância em Saúde do Recife, Marcella Abath.

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