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Covid-19: para secretário de Saúde de Pernambuco, flexibilização "não significa que pandemia acabou"

Queda no número de casos, internações e mortes permite mudanças a partir desta quarta-feira (2) em Pernambuco

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Cinthya Leite

Publicado em 01/03/2022 às 17:03 | Atualizado em 02/03/2022 às 16:18
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Sempre cauteloso ao falar sobre flexibilização das medidas restritivas contra a covid-19, o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, reconhece que o Estado entrou num período de queda em curvas de casos e mortes em decorrência da doença. No entanto, ele deixa claro que os avanços no plano de convivência com o vírus, anunciados nesta terça-feira (1º), não dão passaporte para a população relaxar diante dos cuidados.

"As progressões não significam que a pandemia acabou. Se quisermos vencer o vírus, precisamos manter o cuidado e, principalmente, avançar na vacinação. É fundamental o compromisso de cada um. As vacinas, além de seguras, são nossas principais aliadas na proteção da vida", disse Longo, em comunicado sobre a adoção das novas medidas, que entram em vigor a partir desta quarta-feira (2).

Outro detalhe que preocupa o secretário é o fato de o Estado estar prestes a entrar, agora em março, na sazonalidade das doenças respiratórias, o que deve impactar no cenário epidemiológico. "Temos uma preocupação adicional com o início do nosso período de sazonalidade das doenças respiratórias, no começo de março, e a possível introdução e circulação da nova subvariante da ômicron, a BA2, que traz ainda mais incertezas", acredita Longo. 

Com as dúvidas que permanecem sobre o comportamento dos vírus respiratórios, o governo do Estado opta por fazer flexibilizações graduais para, avaliar por etapas, a necessidade de avanço ou recuo. Com isso, a partir desta quarta-feira (2), fica autorizada a realização de eventos sociais com 1,5 mil pessoas ou 70% da capacidade em ambientes fechados, e de até 3 mil pessoas ou 70% da capacidade em locais abertos. A apresentação do passaporte vacinal e de teste negativo a partir de 500 pessoas segue obrigatória. As mudanças são válidas até o dia 15 deste mês.

No caso de eventos corporativos e presença de torcidas nos estádios, o limite é de até 3 mil pessoas ou 70% da capacidade. As competições esportivas em geral podem ocorrer com público de 1,5 mil pessoas em ambientes fechados e 3 mil em locais abertos, ou 70% da capacidade, o que for menor. As exigências de comprovação de vacina e teste negativo são as mesmas dos eventos sociais.

Já nos serviços de alimentação, a capacidade máxima é de 80%, e é obrigatória a apresentação do comprovante de vacinação. Os cinemas, teatros, circos e museus podem receber até 1,5 mil pessoas ou 70% da capacidade. Nesse caso, além do passaporte vacinal, a partir de 500 pessoas, os ingressos devem ser destinados apenas a quem apresentar teste negativo.

Em relação aos casos de síndrome respiratória aguda grave (srag), a última semana epidemiológica, encerrada no sábado (26), apresentou uma redução de 25%, em comparação com a semana anterior, e queda de 46%, em relação a 15 dias. Dessa maneira, o cenário fica no mesmo patamar do início de outubro de 2021.

Também foi observada melhora nos indicadores hospitalares. Na última semana, a Central Estadual de Regulação Hospitalar registrou 304 solicitações de leitos de terapia intensiva (UTI), o que representa uma queda de 50% e de 29%, em comparação com a semana anterior e com a retrasada, respectivamente. Atualmente, a taxa de ocupação dos leitos de UTI na rede pública está em 58%, menor patamar deste ano. 

No dia 1º de fevereiro, com o auge da disseminação da ômicron em Pernambuco, a taxa de ocupação de UTI chegou a 90%. Naquela data, eram 1.006 leitos públicos desse tipo. Desde a 6ª semana epidemiológica de 2022, que compreende o período entre os dias 6 e 12 de fevereiro, o governo do Estado avalia que vivencia uma desaceleração da variante ômicron, com queda no registro de casos.

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