Quarta dose em Pernambuco: "Ideia é começar o mais rápido possível", diz secretário sobre nova aplicação para idosos
A aplicação deve ocorrer quatro meses após a administração da terceira dose
Após o Ministério da Saúde anunciar, na quarta-feira (23), a recomendação para a aplicação da quarta dose da vacina contra a covid-19 em idosos acima de 80 anos de todo o País, o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, informou à coluna Saúde e Bem-Estar que o assunto será debatido na manhã desta sexta-feira (25).
A discussão ganhará força em reunião com o Comitê Técnico Estadual para Acompanhamento da Vacinação e a Comissão Intergestores Bipartite (CIB) para pactuar a estratégia.
"Mas a ideia é começar o mais rápido possível", frisou Longo, que tem se posicionado a favor da quarta dose, especialmente para os idosos, devido a um fenômeno que envolve vários fatores fisiológicos. Entre eles, está a imunossenescência, que é o envelhecimento natural do sistema imunológico, responsável pelas células de defesa e oferecer proteção contra agentes infecciosos, como os vírus e as bactérias.
"A gente acha que isso (quarta dose para idosos) hoje é uma necessidade. Os idosos são o grupo prioritário para receber agora esta quarta dose", destacou Longo durante coletiva de imprensa realizada no último dia 15. "O fato é que já há 70% das pessoas que poderiam estar aptas para tomar a quarta dose contra covid-19", acrescentou o secretário, ao se referir a quem já alcançou os quatro meses após a administração da terceira dose.
Os Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul já se anteciparam e iniciaram a quarta dose em idosos a partir dos 80 anos. A partir de agora, outros já podem iniciar essa etapa da campanha nacional de vacinação para esse grupo etário.
A recomendação é que a vacina aplicada seja preferencialmente a da Pfizer. De maneira alternativa, também podem ser usadas as vacinas da Janssen e da AstraZeneca, independentemente da dose utilizada anteriormente. A aplicação deve ocorrer quatro meses após a administração da terceira dose.
O Ministério da Saúde informou que a recomendação da quarta dose foi discutida pelos especialistas da Câmara Técnica Assessora em Imunizações (CTAI), que consideraram a situação epidemiológica do Brasil e a redução da efetividade das vacinas, principalmente entre os idosos.
"Segundo os estudos, a diminuição da efetividade das vacinas em idosos, a partir de três a quatro meses depois da aplicação, também pode ser explicada pelo envelhecimento natural do sistema imunológico, o que exige uma estratégia diferenciada para a proteção desse grupo", informou, em nota, o ministério.