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Após avalanche da ômicron, Pernambuco é um dos sete Estados brasileiros que apresentam estabilidade na tendência de longo prazo

Pernambuco, nos últimos dias, tem consolidado a redução de indicadores da covid-19, como casos, mortes e demanda por leitos hospitalares

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Cinthya Leite

Publicado em 06/04/2022 às 17:43 | Atualizado em 06/04/2022 às 17:45
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O novo Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta quarta-feira (6), sinaliza que, na população brasileira em geral, observa-se o menor percentual de casos de síndrome respiratória aguda grave (srag) por covid-19 desde o início da pandemia, em 2020. A análise indica que 11 das 27 unidades federativas apresentam sinal de crescimento de srag na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) até a semana epidemiológica 13, que compreende o período de 27 de março a 2 de abril de 2022. São elas: Acre, Amapá, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima e Tocantins.

Por outro lado, segundo o boletim da Fiocruz, Pernambuco desponta, ao lado de outros seis Estados (Amazonas, Ceará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte e Sergipe), num cenário de estabilidade na tendência de longo prazo, enquanto os demais Estados apresentam indícios de queda.

Dois estados apresentam sinal de crescimento apenas na tendência de curto prazo (últimas três semanas): Rio Grande do Sul e São Paulo. "Tanto nos Estados quanto nas capitais, esse crescimento é atribuído ao aumento de casos entre crianças e adolescentes. Ou seja, não se traduz em sinal de crescimento no dado agregado para a população adulta", afirma o o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

Desde a última semana, Pernambuco apresenta consolidação na redução de indicadores da covid-19. Atualmente, a taxa média de ocupação de leitos está em 40% nas unidades públicas e taxa de positividade para novos casos de covid-19 permanece entre 5% e 6%. Mesmo com esses números, não é momento de a população abrir mão da proteção.  

"O estudo (Boletim InfoGripe da Fiocruz) mostra também uma desaceleração gradual na taxa de queda de casos de srag entre a população adulta (no Brasil) e entrada em regime de estabilidade. Em contrapartida, a contribuição dos casos associados ao vírus sincicial respiratório (VSR) segue crescendo, atingindo 29,7% do total de casos com resultado laboratorial positivo para vírus respiratório entre os casos no mesmo período”, observa Marcelo Gomes. 

No Brasil, os registros da doença, nas últimas quatro semanas, corresponderam a 50,7% em resultado laboratorial positivo para vírus respiratório. Ao longo do período mais crítico da doença no País, cerca de 96% dos casos de srag com identificação laboratorial eram por covid.

Vírus sincicial respiratório (VSR) em crianças

Em crianças de 0 a 4 anos, os dados laboratoriais apontam para a influência de casos associados ao vírus sincicial respiratório (VSR). Já no grupo de 5 a 11 anos, os números sugerem interrupção de queda nos casos associados ao coronavírus e aumento de casos associados a outros vírus respiratórios no mês de março.

A investigação, referente à semana epidemiológica 13, que compreende o período de 27 de março a 2 de abril de 2022, tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até 4 de abril.

 

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