IMUNIZAÇÃO

VACINA DA GRIPE: Pernambuco amplia vacinação contra a influenza

Com baixa cobertura vacinal entre o público prioritário da Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, Pernambuco autorizou a ampliação da imunização

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Amanda Azevedo

Publicado em 01/07/2022 às 17:36 | Atualizado em 01/07/2022 às 19:33
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Com baixa cobertura vacinal entre o público prioritário da Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, Pernambuco autorizou a ampliação da imunização. A partir de segunda-feira (4), os municípios do Estado poderão aplicar a vacina da gripe em todos os moradores acima dos 6 meses de idade.

A Campanha Nacional de Vacinação, que em Pernambuco encerra-se neste domingo (3), conforme pactuado com as gestões municipais, visava a imunização de mais de 3,5 milhões de pessoas contra a gripe. No entanto, até o momento, para influenza, apenas o grupo prioritário formado pelos povos indígenas bateu a meta mínima estabelecida pelo Ministério da Saúde, que é de 90% de cobertura vacinal (91,3%).

A baixa procura pela vacina da gripe preocupa a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), principalmente neste período de sazonalidade para a circulação de vírus respiratórios quando, historicamente, há uma maior ocorrência destas enfermidades.

"Precisamos estar atentos principalmente a dois importantes grupos considerados mais vulneráveis: as crianças e os idosos. Em Pernambuco, 48,8% das crianças de 6 meses a menores de 5 anos receberam a proteção ofertada pela vacina, com 321.444 doses aplicadas. O público a vacinar nesta faixa etária é estimado em 603.525 meninos e meninas. Para os idosos, a cobertura vacinal segue a mesma linha. Até o momento, foram aplicadas 674.444 doses, contabilizando uma cobertura de 44,9%. A meta é vacinar 1.252.642 das pessoas com mais de 60 anos de idade", diz a superintendente de Imunizações de Pernambuco, Ana Catarina de Melo.

O Ministério da Saúde estabelece como grupos prioritários para a vacina da influenza os idosos; trabalhadores de saúde; crianças de 6 meses a menores de 5 anos; gestantes e puérperas; povos indígenas; professores; pessoas com comorbidades; funcionários do Sistema Privado de liberdade; e população privada de liberdade.

A nova vacina contra gripe já inclui a proteção contra a cepa do vírus H3N2 (Darwin), que recentemente teve forte circulação no país, causando uma epidemia. O imunizante também contempla outras duas cepas da influenza: H1N1 e o tipo B.

Estoques

Mesmo ampliando a vacinação, os gestores municipais devem ficar atentos aos seus estoques do imunobiológico para garantir o acesso das gestantes à vacinação ao longo do ano.

“Todos os anos, o Ministério da Saúde envia para os Estados todo o quantitativo de doses de vacinas estipulado para utilização na Campanha Nacional de Vacinação. Para 2022, recebemos mais de 3,5 milhões de doses da vacina que protege contra a influenza, incluindo as cepas H1N1, H3N2, incluindo a cepa Darwin, e tipo B. As cidades já estão de posse dos quantitativos para realizar as estratégias de imunização. A análise do estoque deve incluir uma estimativa do contingente populacional de gestantes de cada território, para assegurar que o acesso seja oportunizado a elas durante todo o ano”, alerta Ana Catarina.

Vacinação contra gripe no Recife

A capital tem cerca de 260 mil doses remanescentes da Campanha Nacional de Imunização contra a Influenza. Até o momento, foram aplicadas 207.033 doses da vacina, o que representa 42,8% da meta de 90% de cobertura vacinal, estipulada pelo Ministério da Saúde (MS).

A partir de segunda (4), as pessoas que ainda não receberam a vacina da gripe devem procurar alguma das mais de 150 salas de vacina da Secretaria de Saúde do Recife, que funcionam de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h. 

Para agilizar a vacinação, a Secretaria de Saúde do Recife recomenda que os usuários levem um documento de identificação, a carteira de vacinação e o cartão SUS (se tiverem esses dois últimos). Parte do público-alvo precisa apresentar também documentos que provem a necessidade da imunização. Os profissionais das redes públicas e privadas de saúde, por exemplo, devem levar comprovantes laborais, como crachás ou carteira de trabalho.

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