Uma só vacina para covid-19 e gripe: primeira pessoa é vacinada em testes nos Estados Unidos
Pfizer e BioNTech desenvolveram uma das vacinas mais usadas no mundo para combater a pandemia de covid-19
DA AFP
O grupo farmacêutico americano Pfizer e seu sócio alemão BioNTech anunciaram, nesta quinta-feira (3), o início da primeira fase de testes de uma vacina de RNA mensageiro (RNAm) que combina a proteção contra a gripe e a covid-19.
As duas empresas desenvolveram uma das vacinas mais usadas no mundo para combater a pandemia de covid-19.
Uma vacina combinada a partir da tecnologia RNAm "poderia simplificar as práticas de vacinação contra estes dois agentes patógenos respiratórios, conduzindo potencialmente a uma cobertura melhor para as enfermidades", afirmou, em comunicado, a diretora científica da Pfizer, Annaliesa Anderson.
Pfizer e BioNTech entram no grupo de laboratórios que tentam desenvolver uma vacina combinada.
A Moderna iniciou a fase 1 de uma vacina contra a gripe e a covid, confirmou, nesta quinta-feira (3), o laboratório americano, ao mesmo tempo que anunciou os resultados trimestrais.
Pfizer vai testar vacina combinada contra covid e gripe
Em meados de outubro, o laboratório de biotecnologia americano Novavax anunciou os "resultados positivos do teste clínico de fase 1 e 2" de uma vacina deste tipo.
Em 2020, BioNTech e Pfizer conseguiram criar com rapidez e sucesso a primeira vacina contra a covid-19 aprovada no mundo, que gerou bilhões de euros de receita para as duas empresas.
A empresa com sede na cidade alemã de Mainz será responsável por testar a segurança, a resposta imunológica e o nível de dose ideal de uma vacina candidata combinada, recrutando 180 voluntários saudáveis com idades entre 18 e 64 anos nos Estados Unidos, de acordo com um comunicado.
O período de acompanhamento para cada participante será de seis meses.
O RNA mensageiro permite que as células humanas produzam proteínas presentes no vírus para habituar o sistema imunológico a reconhecê-lo e neutralizá-lo.
A fase de testes será usada para detectar "o potencial das vacinas de RNAm direcionadas a mais de um patógeno", disse o presidente e cofundador da BioNTech, Ugur Sahin, no comunicado.