Tratamento

REMÉDIO PARA COVID-19: ANVISA libera venda em farmácias de medicamento para combater efeitos do CORONAVÍRUS

Venda do molnupiravir será realizada com retenção de receita, com uma via da Receita de Controle Especial retida no estabelecimento e orientação do farmacêutico ao paciente sobre o uso correto do medicamento

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Renata Monteiro

Publicado em 23/12/2022 às 22:45
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Do Estadão Conteúdo
 
A diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou na quinta-feira, 22, a venda do medicamento molnupiravir em farmácias e hospitais privados do País. O antiviral da fabricante MSD é usado no tratamento contra a covid-19.
 
A decisão foi unânime e prevê que a venda em farmácias seja realizada com retenção de receita, com uma via da Receita de Controle Especial retida no estabelecimento e orientação do farmacêutico ao paciente sobre o uso correto do medicamento, que será vendido sob o nome comercial de Lagevrio.
 
O remédio é indicado para o tratamento da covid-19 leve à moderada em adultos com infecção confirmada e risco de agravamento da doença, incluindo risco aumentado de hospitalização ou morte. O medicamento deve ser administrado assim que possível, após o resultado positivo do teste e avaliação médica e no prazo de cinco dias após o início dos sintomas.
 
A Anvisa ressalta que o molnupiravir não está autorizado para tratamento de pacientes com menos de 18 anos, doentes já hospitalizados com covid-19 nem deve ser usado como prevenção da covid. O medicamento também não deve ser usado por mulheres gestantes porque pode causar danos ao feto. A droga não deve ser tomada por mais de cinco dias consecutivos.
 
A fabricante MSD afirmou que o medicamento estará disponível "entre janeiro e fevereiro em hospitais, clínicas oncológicas e farmácias que já manifestaram interesse em adquirir o produto". Disse ainda que o custo médio do tratamento será de R$ 1,7 mil por paciente.
 
 
Em nota, o diretor da Unidade de Negócios de Infectologia da MSD, Mário Ferrari, afirmou que a chegada do medicamento poderá beneficiar pacientes com risco de agravamento de covid, como "imunodeprimidos, com câncer ativo ou outras doenças".
 
De acordo com a Anvisa, a aprovação "levou em consideração a venda do medicamento ao mercado privado em outros países com autoridades internacionais de referência, como Estados Unidos, Japão e Reino Unido". A medida também considerou, de acordo com a agência, o cenário epidemiológico atual, com a circulação das novas subvariantes da Ômicron e o aumento de casos da doença no País.
 
O medicamento teve seu uso emergencial aprovado no Brasil em 4 de maio. Pela decisão da Anvisa, ele será comercializado com o rótulo em inglês, mas com a entrega de bula e folheto informativo em português.

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