Emergência Yanomami

Enfermagem cria FORÇA TAREFA para atender YANOMAMIS em Roraima

A Equipe de Resposta Rápida vai atuar diretamente com o Coren-RR para fortalecer a assistência de Enfermagem prestada na terra indígena Yanomami

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Allan Petterson

Publicado em 23/01/2023 às 14:20 | Atualizado em 23/01/2023 às 16:11
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O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e o Conselho Regional de Enfermagem de Roraima (Coren-RR) anunciaram no domingo (22) a criação de uma força tarefa para atender os índios Yanomamis, que enfrentam uma das maiores crises de saúde da história.

A Equipe de Resposta Rápida vai atuar diretamente com o Coren-RR para fortalecer a assistência de Enfermagem prestada na terra indígena Yanomami e oferece auxílio técnico e humanitário às ações dos órgãos governamentais.

"Vamos atuar em parceria com o Ministério da Saúde, contribuindo para a promoção do cuidado qualificado em Enfermagem”, destacou o coordenador do Comitê de Operações de Emergência em Saúde do Cofen, Eduardo Fernando de Souza.

A condução dos trabalhos será realizada pelo Comitê de Operações de Emergência em Saúde (Coes/Cofen), pela Comissão Nacional de Enfermagem em Saúde Intercultural (Conenfsi/Cofen), por conselheiros do Coren-RR e do Cofen.

YANOMAMIS EM ESTADO DE EMERGÊNCIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visitou neste domingo (22) os membros da tribo indígena yanomami após fotos de crianças desnutridas terem viralizado na internet.

Ao chegar à aldeia, o mandatário e membros da comitiva depararam-se com uma situação de total desassistência, com crianças e adultos doentes e desnutridos. "Desumano", descreveu Lula. 

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, decretou situação de emergência em saúde e disse que o ex-presidente Bolsonaro foi “omisso” em relação à saúde dos indígenas.

“Vejo o abandono como uma forma de genocídio e essa população estava desassistida. O genocídio também pode ocorrer por omissão”, disse a chefe da pasta em entrevista nesta segunda-feira (23) para a BBC.

POLÍCIA FEDERAL DEVERÁ INVESTIGAR CRISE DOS YANOMAMI

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, declarou que "há fortes indícios de crime de genocídio" contra os Yanomamis e que pedirá a abertura de um inquérito pela Polícia Federal. As investigações deverão começar nesta segunda-feira (23). 

 

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