REAÇÕES DA VACINA BIVALENTE vão de muito comuns a raras; veja EFEITOS COLATERAIS da bivalente contra covid-19
Bula da vacina bivalente da Pfizer lista 4 categorias de reações: muito comuns; comuns; incomuns e muito raras
O Ministério da Saúde informa que mais de 3,2 milhões de doses de reforço bivalentes contra a covid-19 já foram aplicadas desde o início do Movimento Nacional pela Vacinação no público prioritário.
Desde o dia 27 de fevereiro, as pessoas com maior risco de desenvolver formas graves da doença têm recebido a aplicação da bivalente contra covid-19.
É importante reiterar o quão a imunização com a bivalente contra a covid-19 se faz necessária, para que seja cada vez maior o volume de pessoas com proteção reforçada.
O grupo prioritário soma mais de 55 milhões de brasileiros.
Assim como ocorreu em janeiro de 2021, no início da campanha de vacinação com a monovalente contra covid (imunizante com a cepa original do coronavírus), a população tem procurado saber sobre os possíveis efeitos colaterais da vacina bivalente contra covid-19.
É importante ressaltar que diversos estudos têm mostrado que os benefícios de se vacinar superam, de longe, as eventuais e raras reações.
O QUE O DIZ A BULA DA VACINA COVID?
A bula da vacina bivalente contra covid-19, da Pfizer, menciona as possíveis reações adversas, observadas em estudos clínicos.
Confira abaixo:
BULA VACINA PFIZER:
- Reações muito comuns (ocorrem em 10% dos pacientes que utilizam a bivalente): dor de cabeça, dor nas articulações, dor muscular, dor no local de injeção, cansaço e calafrios
- Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam a bivalente): diarreia, vômito, febre, inchaço no local de injeção e vermelhidão no local de injeção
- Reações incomuns (ocorrem entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam a bivalente): aumento dos gânglios linfáticos (ou ínguas), tontura, náusea, suor noturno e mal-estar
- Reações muito raras (ocorrem em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam a bivalente): miocardite (infecção das fibras do coração) e pericardite (inflamação do revestimento externo do coração)
O médico Eduardo Jorge da Fonseca Lima, conselheiro do Conselho Regional de Medicina do Estado de Pernambuco (Cremepe), diz que as reações mais comuns da vacina bivalente contra covid-19 são as mesmas da monovalente (da cepa original).
"As reações da vacina bivalente não são diferentes da monovalente. A pessoa pode apresentar um pouco mais de reações locais, como dor e vermelhão, além de mialgia (inflamação que gera dor muscular) por 24 horas", diz Eduardo Jorge, que também é membro da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização do Ministério da Saúde.
REAÇÕES DA VACINA BIVALENTE COVID
QUAIS OS EFEITOS COLATERAIS DA VACINA BIVALENTE?
Coordenadora do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim, a infectologista Rebecca Saad ressalta que a vacinação continua sendo a melhor medida de prevenção contra a covid-19.
"Geralmente, os efeitos da vacina bivalente contra covid-19 são brandos, que costumam melhorar entre 24 horas e 48 horas após a aplicação da dose", diz Rebecca Saad.
QUAIS AS REAÇÕES DA VACINA CONTRA A COVID-19?
Se a pessoa sentir dor no local da vacina, recomenda-se fazer compressa para diminuir o incômodo.
Caso apareça febre, a orientação é tomar antitérmico que a pessoa geralmente usa para aliviar esse tipo de sintoma.
QUEM PODE TOMAR A VACINA BIVALENTE COVID?
Quem estiver em um dos grupos prioritários, que totalizam cerca de 55 milhões de brasileiros, precisa ter recebido pelo menos duas doses da vacina monovalente para tomar a bivalente, além de ter tomado a última dose há mais de 4 meses.
O Ministério da Saúde dividiu os grupos prioritários para a vacina bivalente contra covid em cinco fases.
Na fase 1, iniciada no último dia 27 de fevereiro, o público-alvo são pessoas acima dos 70 anos, pacientes imunossuprimidos a partir de 12 anos, pessoas que vivem em instituições de longa permanência e comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas.
A segunda fase foi iniciada no dia 6 de março, com foco em pessoas com idade entre 60 e 69 anos.
Na terceira fase, prevista para o dia 20 de março, entrarão as gestantes e puérperas,
A quarta etapa, que tem início em 17 de abril, será direcionada para os profissionais da saúde.
A quinta e a última etapa, também prevista para 17 de abril, tem como foco pacientes com deficiência permanente a partir de 12 anos, pessoas privadas de liberdade e adolescentes que cumprem medidas socioeducativas.
Duas vacinas bivalentes da Pfizer receberam autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial.
QUANTAS DOSES DA VACINA BIVALENTE?
As vacinas bivalentes contra covid-19 são indicadas como dose única de reforço para crianças e adultos, dois meses após a conclusão do esquema vacinal no Brasil.
Para quem não faz parte do grupo de risco, as monovalentes são indicadas e consideradas altamente eficazes contra a covid-19.
"As doses de reforço são importantes porque, sem elas, a proteção cai consideravelmente. Quanto maior for a barreira imunológica encontrada pelo vírus, mais dificilmente ele disseminará em uma população", salienta Rebecca.
ONDE TOMAR VACINA BIVALENTE?
Segundo o Ministério da Saúde, conforme o avanço das ações de vacinação com a bivalente contra covid-19, os grupos prioritários devem ficar atentos às informações de seus municípios para saber o momento de procurar uma unidade de saúde.