TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

DIA DO AUTISMO: SESSÃO DE CINEMA para crianças com autismo acontece no RioMar; confira

Entre os diferenciais em relação a uma sessão convencional, o volume do som é mais baixo. Além disso, as luzes ficam acesas durante toda a exibição

Cinthya Leite
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Cinthya Leite
Publicado em 31/03/2023 às 18:28 | Atualizado em 31/03/2023 às 18:30
FREEPIK/BANCO DE IMAGENS
O transtorno do espectro autista é um distúrbio caracterizado pela alteração das funções do neurodesenvolvimento que interfere na capacidade de comunicação, linguagem, interação social e comportamento - FOTO: FREEPIK/BANCO DE IMAGENS

Para marcar o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, lembrado neste domingo (2), o Cinemark do RioMar Recife, no Pina, Zona Sul do Recife, recebe uma 'sessão azul'. 

O azul é a cor que representa o movimento de conscientização do autismo. 

A proposta da 'sessão azul' é oferecer sessões de cinema adaptadas para crianças com transtorno do espectro autista (TEA), de forma que o momento seja de adaptação ao ambiente do cinema e de extensão ao trabalho terapêutico. 

No Cinemark do RioMar Recife, o filme exibido será Gato de Botas 2: O Último Pedido, às 13h50, em versão dublada.

Entre os diferenciais em relação a uma sessão convencional, o volume do som é mais baixo. Além disso, as luzes ficam acesas durante toda a exibição.

Durante o filme, não há propagandas comerciais nem trailers.

O QUE É AUTISMO?

O transtorno de espectro autista (TEA) é um distúrbio caracterizado pela alteração das funções do neurodesenvolvimento, que podem englobar alterações da comunicação, seja na linguagem verbal ou não verbal, na interação social e do comportamento.

As pessoas com autismo podem apresentar ações repetitivas, hiperfoco para objetos específicos e restrição de interesses.

Dentro do espectro autista, são identificados graus que podem ser leves e com total independência, apresentando discretas dificuldades de adaptação, até níveis de total dependência para atividades cotidianas ao longo de toda a vida.

Veja entrevista abaixo com a psiquiatra Rackel Eleutério:

DIA MUNDIAL DE CONSCIENTIZAÇÃO DO AUTISMO 

O Dia Mundial de Conscientização do Autismo, em 2 de abril, é marcado por ações que, contra o estigma, derrubam mitos e difundem conhecimento sobre atitudes que beneficiam pessoas com o transtorno.

O Dia Mundial de Conscientização do Autismo foi definido pela Organização das Nações Unidas em 2007, e é lembrado no dia 2 de abril.

É uma data importante, pois muitas pessoas não compreendem o que é o transtorno do espectro autista (TEA). Por isso, é fundamental a propagação de informação de qualidade. Entender melhor esse transtorno é a chave para o fim do preconceito e da discriminação.

COMO É UMA PESSOA COM AUTISMO?  

"As pessoas com autismo podem apresentar algumas características específicas, como manter pouco contato visual, ter dificuldade para falar e dizer o que sente, além de não se sentir confortável em meio a outras pessoas", explica o neurocientista Victor Eustáquio, sócio-fundador da clínica Somar Special Care, localizada no bairro da Torre, Zona Norte do Recife.

Além disso, Victor alerta ainda que é comum a criança ter comportamentos repetitivos como caminhar na ponta dos pés, balançar o corpo pra frente e pra trás, como também brincar com brinquedos de forma diferente. "A criança pode, por exemplo, ao invés de colocar o carrinho para andar no chão, virá-lo e ficar girando as rodinhas", diz.

COMO É O DIAGNÓSTICO DE AUTISMO? 

A suspeita inicial do transtorno do espectro autista é feita normalmente ainda na infância, durante as consultas para o acompanhamento do desenvolvimento infantil.

Por ser um diagnóstico essencialmente clínico, a identificação de traços do espectro autista é realizada a partir das observações da criança, entrevistas com os pais e aplicação de métodos de monitoramento do desenvolvimento infantil.

A antecipação da suspeita diagnóstica permite iniciar prontamente a estimulação precoce e encaminhamento da criança para fechamento de diagnóstico.

AUTISMO TEM CURA?

O transtorno do espectro autista não tem cura, mas o diagnóstico precoce permite o desenvolvimento de práticas para estimular a independência e a promoção de qualidade de vida, assim como a acessibilidade para essas crianças.

 

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