O Ministério da Saúde decidiu ampliar a vacinação contra a gripe para toda a população brasileira com mais de 6 meses de idade. A medida passa a valer na segunda-feira, dependendo apenas da coordenação dos Estados.
Até o momento, segundo dados do próprio ministério, 21 milhões de brasileiros foram imunizados contra o vírus influenza, causador da gripe. A vacinação começou em 10 de abril apenas para grupos prioritários, mas agora será estendida para praticamente toda a população. A meta do governo federal é vacinar até 90% dos brasileiros. A campanha vai até o fim do mês de maio.
Na capital paulista, onde apenas 1/4 da população se vacinou contra o vírus influenza, a Prefeitura já confirmou que vai ofertar o imunizante para todos os públicos com mais de 6 meses a partir de segunda-feira. Levantamento do Município apontou que, até ontem, 26% dos paulistanos haviam sido imunizados.
"A vacina está disponível para todos os grupos elegíveis e em todas as unidades básicas de saúde (UBSs). Com o início do inverno, em que o vírus circula com mais intensidade, a vacinação pode ajudar a minimizar os sintomas respiratórios, evitando internações", ressaltou o secretário municipal da Saúde, Luiz Carlos Zamarco.
A vacinação contra a influenza acontece em todas as UBS para idosos com mais de 60 anos, crianças de até 6 anos, gestantes, puérperas, profissionais de saúde e de educação, trabalhadores de serviços de transporte, indígenas e população carcerária. O atendimento acontece de segunda a sexta, das 7 às 19 horas. É possível receber o imunizante também nas assistências médicas ambulatoriais (AMAs)/UBSs integradas, que atendem no mesmo horário, incluindo sábados e feriados.
Como o Estadão mostrou, os hospitais de São Paulo enfrentam nas últimas semanas expressivo aumento de atendimentos a bebês e crianças com sintomas de doenças respiratórias. O causador da maioria das infecções é o vírus sincicial respiratório (VSR).
Por causa do aumento das doenças respiratórias, a lotação das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) pediátricas na rede pública de saúde de São Paulo está se esgotando.
Na terça-feira, 87% dos 124 leitos disponíveis na capital estavam ocupados, e 70% desse porcentual eram de crianças vítimas de doenças respiratórias, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.
Não existe vacina contra o VSR, mas especialistas afirmam que imunizar as crianças contra gripe e covid-19 também ajuda a evitar doenças causadas pelo VSR.