COVID-19

5 motivos para VOCÊ não adiar mais a VACINA BIVALENTE contra COVID-19, mesmo com o fim da emergência global

Médico lista razões pelas quais não devemos deixar de tomar a vacina bivalente

Cinthya Leite
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Cinthya Leite
Publicado em 19/05/2023 às 10:59 | Atualizado em 19/05/2023 às 11:31
MYKE SENA/MS
A vacina bivalente, produzida pela farmacêutica Pfizer, garante proteção contra a cepa original que causou a primeira onda da pandemia de covid-19 e suas variantes, como é o caso da ômicron, predominante atualmente no mundo - FOTO: MYKE SENA/MS

Neste mês de maio, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) referente à covid-19.

A OMS avaliou que há declínio nas hospitalizações e internações em unidades de terapia intensiva (UTI), bem como os altos níveis de imunidade da população ao coronavírus. 

Mas o fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional não significa que a covid-19 tenha deixado de ser uma ameaça à saúde.

De acordo com a OMS, a propagação mundial da doença continua caracterizada como uma pandemia, tendo tirado uma vida a cada três minutos apenas no fim de abril

Portanto, não devemos relaxar em relação à vacinação contra covid-19. 

O QUE É A VACINA BIVALENTE CONTRA COVID?

Abaixo, o médico Eduardo Jorge da Fonseca Lima, pesquisador do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip) e conselheiro do Conselho Regional de Medicina do Estado de Pernambuco (Cremepe), lista 5 motivos pelos quais não devemos deixar de tomar a vacina bivalente, mesmo com o fim da emergência global. Confira:

  1. Vírus continua circulando e levando a óbito especialmente pessoas dos grupos de risco. Se aumentarmos o quantitativo de pessoas protegidas com a vacina, garantimos a manutenção para um controle definitivo da doença
  2. A vacina bivalente contém, além da cepa original, a variante ômicron, que é a única que circula atualmente no mundo. Para proteção dessa variante e suas subvariantes, a vacina bivalente apresenta uma efetividade muito maior
  3. As vacinas contra covid-19 não são esterilizantes e, por isso, reforços regulares são essenciais para "relembrar" a imunidade, já que a memória imunológica tende a diminuir cerca de quatro a seis meses após a última dose
  4. Ao se vacinar, a pessoa estará promovendo proteção coletiva das pessoas que estão à sua volta, especialmente se essas possuírem comorbidades. Vacinação é sempre uma estratégia coletiva
  5. As vacinas bivalentes demonstraram ser seguras e passaram por todos os processos para garantir a sua segurança, sendo aprovadas por todas as agências regulatórias mundiais, como FDA (Food and Drug Administration), EMA (Agência Europeia de Medicamentos) e Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Portanto, os eventos adversos da vacina bivalente são semelhantes aos das vacinas originais para a covid-19, e a maioria é leve e transitória

DIVULGAÇÃO

"As vacinas contra covid-19 não são esterilizantes e, por isso, reforços regulares são essenciais para 'relembrar' a imunidade, já que a memória imunológica tende a diminuir cerca de quatro a seis meses após a última dose", diz Eduardo Jorge - DIVULGAÇÃO

QUEM PODE TOMAR A VACINA BIVALENTE DA COVID?

No dia 24 de abril, o Ministério da Saúde ampliou a vacinação com a dose de reforço bivalente contra a covid-19 para toda a população acima de 18 anos.

A recomendação tem o objetivo de reforçar a proteção contra a doença e ampliar a cobertura vacinal em todo País. Cerca de 97 milhões de brasileiros podem ser vacinados nesta etapa do Movimento Nacional pela Vacinação.

A orientação vale para quem já recebeu, pelo menos, duas doses de vacinas monovalentes (CoronaVac, AstraZeneca, Pfizer ou Janssen) como esquema primário ou como dose de reforço, respeitando um intervalo de quatro meses da última dose.

Quem ainda não completou o ciclo vacinal e está com alguma dose de reforço em atraso também pode procurar as unidades de saúde.

Para a secretária da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, aumentar as coberturas vacinais contra a covid-19 é prioridade. "A vacinação é fundamental para minimizar a carga e prevenir o surgimento de complicações decorrentes da doença."

O QUE FOI A PANDEMIA DE COVID-19? 

Em 30 de janeiro de 2020, a OMS decretou a covid-19 como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII), o mais alto nível de alerta da organização, conforme previsto no Regulamento Sanitário Internacional.

Foram levados em conta vários aspectos epidemiológicos, incluindo o potencial de transmissão, a população suscetível, a severidade da doença, a capacidade de impactar viagens internacionais, entre outros fatores específicos.

No dia 11 de março de 2020, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou que a covid-19 estava caracterizada como uma pandemia.

No dia 5 de maio de 2023, a OMS declarou, em Genebra, na Suíça, o fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) referente à covid-19

"O que esta notícia significa é que está na hora de os países fazerem a transição do modo de emergência para o de manejo da covid-19 juntamente com outras doenças infecciosas", destacou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. 

Jarbas Barbosa, diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), saudou a decisão do diretor-geral da OMS de aceitar a recomendação do Comitê de Emergência.

"Não devemos baixar a guarda, precisamos continuar vacinando os grupos vulneráveis e fortalecendo a vigilância. Também é hora de nos concentrarmos em nos preparar melhor para futuras emergências e reconstruir melhor para um futuro mais saudável e sustentável", destacou Jarbas Barbosa.

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