CÂNCER

Paciente tem REMISSÃO TOTAL de CÂNCER que tinha há 13 ANOS por meio de TERAPIA CELULAR

Os responsáveis pelo protocolo já planejam tratar mais 75 pacientes no segundo semestre na rede pública com a aprovação da Anvisa

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Alice Girão

Publicado em 29/05/2023 às 22:42 | Atualizado em 29/05/2023 às 23:26
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Um protocolo adotado na rede pública trouxe uma técnica para o combate do câncer que vem sendo considerada revolucionária, o CAR-T Cell.

A parceria entre a Universidade de São Paulo (USP), o Instituto Butantan e o Hemocentro de Ribeirão Preto que toma conta do protocolo já tratou 14 pacientes até agora.

Um desses pacientes tratados teve remissão total do linfoma após 13 anos lutando contra o câncer.

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  • Paciente tem remissão total de câncer que tinha há 13 anos por meio de terapia celular

PACIENTE TEM REMISSÃO TOTAL DE CÂNCER HÁ 13 ANOS POR MEIO DE TERAPIA CELULAR

Paulo Peregrino, de 61 anos, já estava lutando contra o câncer 13 anos e estava se preparando para receber os tratamento paliativos.

Em abril deste ano, foi submetido ao tratamento e teve remissão total do linfoma.

O professor de hematologia, hemoterapia e terapia celular da Faculdade de Medicina da USP e coordenador nacional de terapia celular da rede D’Or, Vanderson Rocha, era o responsável pelo caso de Paulo.

"Foi uma resposta muito rápida e com tanto tumor. Fico até emocionado [ao ver as duas ressonâncias de Paulo]. Fiquei muito surpreso de ver a resposta, porque a gente tem que esperar pelo menos um mês depois da infusão da célula. Quando a gente viu, todo mundo vibrou", disse Rocha.

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Paciente tem remissão total de câncer que tinha há 13 anos por meio de terapia celular. - @paulocfperegrino via Instagram
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Vanderson Rocha (esquerda) e Paulo Peregrino (direta). - @paulocfperegrino via Instagram

Com o sucesso do tratamento até o momento, os responsáveis já planejam tratar 75 pacientes no segunda semestre com o CAR-T Cell na rede pública após aprovação da Anvisa.

O tratamento ainda não está disponível na rede pública brasileira, apenas para privada e custa cerca de R$ 2 milhões por pessoa.

O coordenador do Centro de Terapia Celular CEPID-USP e do Núcleo de Terapia Celular do Hemocentro de Ribeirão Preto, Dimas Covas, foi o desenvolvedor da versão brasileira do tratamento.

"Devido ao alto custo, este tratamento não é acessível em grande parte dos países do mundo. O Brasil, por outro lado, encontra-se em uma posição privilegiada e tem a rara oportunidade de introduzir este tratamento no SUS em curto período de tempo", pontuou Covas.

O CAR-T Cell tem três tipos de câncer como alvo: a leucemia linfoblástica B, o linfoma não Hodgkin de células B e o mieloma múltiplo.

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