NEUROLOGIA

Síndrome de Guillain-Barré no SUS: tratamento chega para pacientes do Sertão de Pernambuco

Tratamento da síndrome de Guillain-Barré, de alto custo, é feito com administração de imunoglobulina intravenosa (IgIV), substância que resulta da extração de anticorpos do sangue de doadores

Cinthya Leite
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Cinthya Leite
Publicado em 26/07/2023 às 17:19 | Atualizado em 26/07/2023 às 17:31
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Os pacientes da emergência neurológica do Hospital Eduardo Campos, que, após exames clínico e complementar, fecharem o diagnóstico para a síndrome, terão acesso ao tratamento - FOTO: DIVULGAÇÃO

O Hospital Eduardo Campos (HEC), em Serra Talhada, Sertão de Pernambuco, passa a oferecer tratamento para os pacientes com a síndrome de Guillain-Barré - um distúrbio autoimune, em que o sistema imunológico do próprio corpo ataca parte do sistema nervoso, que são os nervos que conectam o cérebro com outras partes do corpo.

A síndrome de Guillain-Barré geralmente é provocada por um processo infeccioso anterior e se manifesta com fraqueza muscular, redução ou ausência de reflexos. Além disso, o paciente também pode apresentar dormência e dificuldade respiratória

A assistência para os pacientes com a síndrome é novidade para a região do Sertão pernambucano, que não contava com a assistência para a doença na rede pública, via Sistema Único de Saúde (SUS).

A primeira paciente com síndrome de Guillain-Barré, atendida no Hospital Eduardo Campos, foi uma idosa de 64 anos, que mora em Triunfo.

O tratamento da síndrome de Guillain-Barré é feito com administração de imunoglobulina intravenosa (IgIV), substância que resulta da extração de anticorpos do sangue de doadores. 

Moradores da região que precisavam de tratamento para a síndrome precisavam se deslocar - muitas vezes, para o Recife.

A primeira intervenção realizada no Hospital Eduardo Campos contou com a garantia do conforto, da segurança e, possivelmente, do menor tempo de internamento, sem a necessidade de longa locomoção.

Os pacientes da emergência neurológica, que, após exames clínico e complementar, fecharem o diagnóstico para a síndrome de Guillain-Barré, terão acesso ao tratamento.

O atendimento ocorrerá por meio de demanda espontânea e através da Central de Regulação do Estado. O tempo de tratamento, vale ressaltar, pode variar de paciente para paciente.

"O tempo de uso da imunoglobulina é de cinco dias, mas o tempo de internamento depende da evolução clínica do paciente e da sua reabilitação", explica a gestora-geral do Hospital Eduardo Campos, Patrícia Queiroz.

Para os cuidados direcionados aos pacientes com síndrome de Guillain-Barré, diversos profissionais estão envolvidos, como neurologista clínico e equipe multiprofissional da enfermaria de neurologia. Quando necessário, equipe da unidade de terapia intensiva (UTI), com a garantia de pareceres de especialistas, também se envolve na assistência. 

VEJA ABAIXO A LISTA DAS UNIDADES DE SAÚDE DE PERNAMBUCO ONDE HÁ TRATAMENTO PARA A SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ:

NO GRANDE RECIFE

- Hospital da Restauração (Recife)

- Hospital das Clínicas (Recife)

- Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Recife)

- Hospital Barão de Lucena (Recife)

- Hospital Getúlio Vargas (Recife)

- Hospital Otávio de Freitas (Recife)

- Hospital Correia Picanço (Recife)

- Hospital Pelópidas da Silveira (Recife)

- Hospital Dom Helder Câmara (Cabo de Santo Agostinho)

- Hospital Miguel Arraes (Paulista)

NO AGRESTE 

- Hospital Regional do Agreste (Caruaru)

- Hospital Mestre Vitalino (Caruaru)

NO SERTÃO PERNAMBUCANO

- Hospital Eduardo Campos (Serra Talhada)

NO SERTÃO DO SÃO FRANCISCO 

- Hospital Dom Malan (Petrolina)

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