SRAG EM QUEDA

Após meses em alta, casos respiratórios graves têm queda em crianças e adultos no Brasil

Boletim InfoGripe da Fiocruz mostra cenário nacional com queda nos novos casos de síndrome respiratória aguda grave (srag)

Cinthya Leite
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Cinthya Leite
Publicado em 27/07/2023 às 18:03
PEXELS/BANCO DE IMAGENS
Há manutenção de queda ou estabilização nos casos positivos para covid-19, na população adulta, na maioria dos Estados brasileiros - FOTO: PEXELS/BANCO DE IMAGENS

O novo boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (27), mostra que há manutenção de queda ou estabilização nos casos positivos para covid-19, na população adulta, na maioria dos Estados, além de possível queda ou estabilização nos casos associados ao vírus influenza A nessa faixa etária.

Nas crianças, o vírus sincicial respiratório (VSR) continua como o principal identificado, porém já apresenta sinais de queda na maioria dos Estados.

Em Minas Gerais, o aumento recente na população infantil pode estar associado ao crescimento do rinovírus e do metapneumovírus.

Referente à semana epidemiológica de número 29, período de 16 a 22 de julho, a pesquisa tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até 24 de julho. 

Nos Estados, de acordo com a análise, cinco apresentam sinal de crescimento de srag na tendência de longo prazo: Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rondônia e Rio Grande do Sul.

O estudo verificou ainda que, em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul, o crescimento de srag se observa também nas crianças pequenas, embora em Minas os dados laboratoriais não apontem associação ao VSR.

No Acre e Pará, há indicíos de interrupção de crescimento de srag nas crianças pequenas, porém mantendo patamar elevado.

No Paraná, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Sergipe também se mantêm indícios de estabilidade em valores expressivos nas crianças pequenas.

Entre as capitais, sete apresentam crescimento: Belém, Belo Horizonte, Campo Grande, Natal, Porto Alegre, Porto Velho e Vitória.

"Na maioria dessas capitais o sinal está presente fundamentalmente nas crianças ou na população a partir de 65 anos. Curitiba, Rio Branco e São Paulo, embora não apresentem sinal de crescimento recente, mantêm estabilidade em patamar elevado de srag nas crianças pequenas", destaca o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do Boletim InfoGripe.

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de 8% para influenza A, 3,8% para influenza B, 35,1% para VSR e 23,1% para coronavírus (covid-19).

Entre os óbitos, a presença desses mesmos vírus entre os positivos foi de 18,1% para influenza A, 4,8% para influenza B, 9,5% para VSR e 45,7% para coronavírus (covid-19).

Os dados referentes aos resultados laboratoriais por faixa etária apontam para manutenção na queda ou estabilização dos casos positivos para coronavírus em todas as faixas etárias da população adulta.

Também se observa queda nos casos de srag associados ao vírus influenza.

Entre as crianças pequenas, mantém-se o predomínio de casos associados ao vírus sincicial respiratório (VSR), também já dando sinal de interrupção na tendência de alta nos estados do Norte e Nordeste. No Paraná e Rio Grande do Sul, mantém-se estabilização em patamar elevado.

Em relação aos demais vírus respiratórios, no Amazonas se observa aumento recente nos casos de srag positivos para bocavírus.

Na Bahia, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina, observa-se aumento recente nos positivos para rinovíruss e metapneumovírus.

Já em São Paulo, é possível observar ligeiro aumento na presença desses três vírus.

ÓBITOS POR SRAG 

Referente aos casos de srag de 2023, já foram registrados 6.609 óbitos no Brasil, sendo 3.555 (53,8%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 2.593 (39,2%) negativos e, ao menos, 156 (2,4%) aguardando resultado laboratorial.

Entre os positivos de 2023, 11,6% são de influenza A, 5,9% de influenza B, 8,2% de vírus sincicial respiratório (VSR) e 70,7% de coronavírus (covid-19).

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 18,1% para influenza A, 4,8% para influenza B, 9,5% para vírus sincicial respiratório e 45,7% para coronavírus (covid-19).

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