SAÚDE OCULAR

Oftalmologistas alertam para risco de suplementos que prometem curar doenças oculares

Nas propagandas, os responsáveis pelos produtos alegavam que ingestão dessas substâncias teria como efeito a melhora da visão de perto e longe, da visão embaçada e da pressão ocular e da catarata

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Agência Brasil

Publicado em 09/08/2023 às 9:43 | Atualizado em 09/08/2023 às 9:52
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu, na segunda-feira (7), a fabricação, distribuição, venda, promoção e o uso de suplementos alimentares que alegavam, em sua publicidade, serem capazes de tratar doenças oculares como catarata, glaucoma e degeneração macular.

Em nota, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) reforçou o alerta para os riscos da comercialização de tais produtos com a promessa de cura.

O conselho chegou a receber diversos comunicados de seus associados sobre a venda de suplementos alimentares com a promessa de cura e tratamento de doenças oculares.

Nas propagandas, os responsáveis pelos produtos alegavam que a ingestão dessas substâncias teria como efeito a melhora da visão de perto e longe, da visão embaçada e da pressão ocular e da catarata, além de prevenir o surgimento e o agravamento de problemas de visão.

"A decisão da Anvisa é uma vitória importante, pois protege a população de propagandas enganosas e, principalmente, dos potenciais efeitos colaterais e da ineficácia de produtos que não auxiliarão no tratamento de doenças oculares", avaliou, em nota, o presidente do conselho, Cristiano Caixeta Umbelino.

PROPAGANDA ENGANOSA

Em comunicado, a Anvisa alerta quanto às propagandas de produtos "com promessas milagrosas", veiculadas na internet e em outros meios de comunicação, que prometem prevenir, tratar e curar doenças e agravos à saúde, além de melhorar problemas estéticos.

"Muitas vezes, esses produtos são vendidos como suplementos alimentares, ou seja, alimentos fontes de nutrientes e outras substâncias bioativas, para os quais não há nenhuma comprovação junto à agência de ação terapêutica ou estética."

"A Anvisa não aprovou nenhuma alegação desse tipo para suplementos alimentares, e a legislação sanitária proíbe expressamente que alimentos façam alegações de tratamento, cura, prevenção de doenças e agravos à saúde. Dessa forma, qualquer propaganda de suplementos alimentares que contenha esse tipo de alegação é irregular."

Orientações ao consumidor

A Anvisa recomenda que o consumidor não compre nem utilize suplementos alimentares que prometam agir nas situações listadas a seguir:   

  • Emagrecimento; 
  • Aumento da musculatura;  
  • Diminuição de rugas, celulite, estrias, flacidez;  
  • Melhora das funções sexuais;  
  • Aumento da fertilidade, melhora ou alívio de sintomas relacionados à tensão pré-menstrual, menopausa;
  • Aumento da atenção e foco;  
  • Doenças degenerativas, como mal de Alzheimer, demência, doença de Parkinson;  
  • Câncer; 
  • Problemas de aumento da próstata e disfunção urinária; 
  • Problemas de visão;  
  • Doenças do coração, pressão alta, colesterol e triglicerídeos sanguíneos elevados;  
  • Melhora da glicose sanguínea, diabetes e níveis de insulina;  
  • Problemas gastrointestinais, como gastrite, má digestão;  
  • Gripe, resfriado, covid-19, pneumonia;  
  • Labirintite, zumbido no ouvido (tinitus);  
  • Distúrbios do sono, insônia.

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