Ministério da Saúde explica prioridade de Faustão em fila de transplante de coração
Ministério da Saúde destacou ainda que houve um aumento de 16% no número de transplantes de coração em relação ao mesmo período do ano passado
O Ministério da Saúde divulgou uma nota, neste domingo (27), sobre o volume de transplantes de coração realizados no país, na última semana. Entre 19 e 26 de agosto, foram realizados 11 transplantes, sendo sete no estado de São Paulo.
"Neste domingo, mais um paciente na capital paulista foi contemplado com um transplante cardíaco, neste caso, também priorizado na fila de espera em razão de seu estado muito grave de saúde - o apresentador Fausto Silva. Ele recebeu um coração após constatada a compatibilidade necessária para o procedimento, assim como os outros sete transplantados", disse a pasta do governo federal.
No primeiro semestre de 2023 foram realizados 206 transplantes de coração no Brasil, o que representa aumento de 16% em relação ao mesmo período do ano passado. Os pacientes, por meio do SUS, recebem assistência integral, equânime, universal e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante.
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A doação de órgãos é um processo complexo, que envolve diferentes instituições e requer agilidade para ser bem-sucedido. Cada órgão tem um período máximo de permanência fora do corpo humano, ao longo do qual o transplante é viável, o chamado de tempo de isquemia. Para o coração, o tempo de isquemia é de apenas 4 horas, o que torna o transplante do órgão ainda mais complexo.
ENTENDA O CRITÉRIO UTILIZADO PARA O TRANSPLANTE DE FAUSTÃO
De acordo com o Ministério da Saúde, a lista para transplantes é única, valendo tanto para pacientes do SUS, quanto para os da rede privada. A lista de espera por um órgão funciona por ordem cronológica de cadastro, ou seja, por ordem de chegada e conforme outros critérios como os de compatibilidade, gravidade do caso e o tipo sanguíneo do doador.
Esses fatores são levados em consideração para a definição de quem deve ser priorizado. Pacientes em estado crítico podem ser atendidos com prioridade, em razão de sua condição clínica.
O Sistema Nacional de Transplantes tem em sua composição a Central Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde e as Centrais de Transplantes estaduais, dentre outros atores no processo de doação e transplante de órgãos e tecidos.
As listas de espera para transplante são geridas pelas Centrais Estaduais de Transplantes. Os órgãos destinados à doação não utilizados no próprio estado são direcionados para a Central Nacional de Transplantes, que busca um receptor na lista única.
Para doação de órgãos, é fundamental que a pessoa interessada deixe clara para a família a sua vontade de doar. No Brasil, a doação só pode ser realizada com a autorização da família.