TABAGISMO

Dia de Combate ao Fumo: 85% dos casos de câncer de pulmão estão associados a cigarro

Pessoas que fumam têm 20 vezes mais chances de ter esse câncer de pulmão, em comparação com não fumantes

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Cinthya Leite

Publicado em 28/08/2023 às 19:45 | Atualizado em 28/08/2023 às 20:09
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Além de fazer um alerta para um dos tipos de câncer mais incidentes na população, o de pulmão, o mês de agosto desponta com ações educativas para marcar o Dia de Combate ao Fumo (29 de agosto).

O tabaco é a principal causa do câncer de pulmão. Cerca de 85% dos casos diagnosticados estão diretamente associados ao uso de derivados de cigarro.

De acordo com Instituto Nacional do Câncer (Inca), são estimados mais de 30 mil novos casos de câncer de pulmão a cada ano e quase 30 mil mortes.

Acredita-se que nove de cada dez casos de câncer de pulmão sejam decorrentes do tabaco.

Ainda conforme o Inca, pessoas que fumam têm vinte vezes mais chances de ter câncer de pulmão que do que não fumantes.

Por isso, é importante intensificar as campanhas antitabaco.

O câncer de pulmão é evitável em 30 a 40% dos casos.

O cirurgião torácico Guilherme Mendonça, do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), diz que o mês de conscientização é um incentivo para as pessoas que desejam parar com o vício.

"Isso pode ser feito com o auxílio de tratamento e desenvolvimento de práticas saudáveis, como hábitos alimentares e exercícios físicos", afirma o médico.

O tabagismo é uma das principais causas evitáveis de doenças e mortes em todo o mundo.

Parar de fumar traz uma série de benefícios para a saúde, como redução do risco de doenças cardíacas, derrames, doenças pulmonares, câncer e outros problemas de saúde relacionados ao vício.

É importante frisar que parar de fumar é um processo desafiador. Portanto, o apoio contínuo, a educação e a conscientização são fundamentais para ajudar as pessoas a alcançar e manter um estilo de vida livre do tabaco.

QUAL A MELHOR FORMA DE PARAR DE FUMAR? 

Segundo o médico pneumologista Ronaldo Macedo, do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP), o primeiro passo para abandonar o cigarro é definir como se deseja passar pelo processo: parada imediata, quando se determina uma data e, a partir dela, não fuma mais nenhum cigarro; ou parada gradual, na qual se estipula a quantidade de cigarros consumidas no dia e diminui dia a dia, até zerar.

"Cada pessoa irá definir como se sente melhor com relação ao abandono do vício. O importante é que se tenha apoio da família e dos amigos", destaca Ronaldo. 

O QUE ACONTECE SE PARAR DE FUMAR DE UMA VEZ? 

O caminho requer determinação para enfrentar momentos críticos que fazem parte do processo.

"Haverá a síndrome de abstinência, que inclui a fissura (vontade intensa de fumar), dor de cabeça, irritabilidade, tonteira, alteração do sono, tosse, indisposição gástrica e outros sintomas que podem variar de pessoa para pessoa. Também é possível que não se tenha nenhum sintoma. Em média, quando se manifestam, os sintomas duram de uma a duas semanas", diz o médico.

Outro ponto importante é não ter medo de recaídas. "A recaída pode ocorrer, mas não deve ser encarada como um fracasso. Se acontecer, recomece, preste atenção ao motivo que o levou a voltar a fumar e corrija a rota. De modo geral, o fumante tenta abandonar o vício cerca de três ou quatro vezes até conseguir definitivamente. O que importa é se dar várias chances", recomenda Ronaldo. 

 

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