SAMU 192

"O Samu é um marco entre as políticas exitosas do SUS", diz coordenador do Samu Recife

Durante o debate da Super Manhã, da Rádio Jornal, Leonardo Gomes recordou que, antes do Samu, não havia serviços pré-hospitalar móvel e organizado, com equipes treinadas

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Cinthya Leite

Publicado em 05/09/2023 às 18:29 | Atualizado em 05/09/2023 às 18:48
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Inaugurado pela Prefeitura do Recife em dezembro de 2001, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) completa este ano 22 anos de atendimento à população da capital pernambucana. 

O crescimento do serviço e o avanço na tecnologia para atendimento foram destaques do Debate da Super Manhã, da Rádio Jornal, na manhã desta terça-feira (5). 

Participaram do programa a médica sanitarista Bernadete Perez, vice-presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco); a coordenadora do Samu Olinda, Pollyana Almeida; e o coordenador-geral do Samu Metropolitano do Recife, Leonardo Gomes. Eles ressaltaram a importância do serviço, que prioriza os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), com ênfase na construção de redes de atenção integral às urgências. 

Na Saúde, o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado em agosto, possibilitará a universalização do Samu Nacional, com cobertura de cerca de 97% da população brasileira. Dessa forma, será ampliado o acesso a esse serviço, estagnado desde 2017.

Com prioridade para regiões de maior vulnerabilidade, estão previstas 850 novas ambulâncias e 10 centrais, a fim de combater os vazios assistenciais, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. O investimento no Samu será de R$ 400 milhões até 2026, e isso beneficiará mais de 28 milhões de brasileiros.

"No ano passado, a gente comentou comemorou 20 anos da portaria-mãe da política nacional de atenção às urgências. O Samu é um dos elementos; é um dos entes que compõem essa política nacional de atenção às urgências. No próximo ano, haverá comemoração dos 20 anos do Samu Nacional. O Samu nasceu no Recife, que tinha um modelo de serviço pré-hospitalar de urgência, que foi levado para o Brasi. O então ministro Humberto Costa, com a sua equipe, montou esse modelo", disse Leonardo Gomes, durante o Debate da Super Manhã (clique aqui para ouvir).

Ele recordou que, antes do Samu, não havia serviços pré-hospitalar móvel e organizado, com equipes treinadas. "Então, as pessoas levavam as vítimas de acidentes ou aquelas com problemas clínicos do jeito que podia: de carro, de carona, numa moto... E isso levava a sequelas, a insucesso de sobrevida e de tratamento. Então, o Samu é um marco. Entre as muitas políticas exitosas do SUS, o Samu é um componente de sucesso", ressaltou Leonardo. 

O coordenador-geral do Samu Metropolitano do Recife ainda sublinhou que atualmente a população não consegue mais enxergar uma cidade sem um Samu. "O número 192 é um número hoje que está na cabeça das pessoas. Então, seja rico ou pobre, diante de qualquer necessidade (de urgência em saúde) que se tenha, vai ligar 192."

O Samu tem como objetivo chegar precocemente à vítima após ter ocorrido alguma situação de urgência ou emergência que possa levar a sofrimento, a sequelas ou mesmo à morte. Urgências são situações de natureza clínica, cirúrgica, traumática, obstétrica, pediátrica e psiquiátrica, entre outras.

O Samu realiza os atendimentos em qualquer lugar e conta com equipes que reúne médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e condutores socorristas. 

A prioridade é prestar o atendimento à vítima no menor tempo possível, inclusive com o envio de médicos conforme a gravidade do caso. "A equipe treinada segue em unidades móveis que vão desde uma motocicleta até um helicóptero", disse Leonardo. 

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