Hospital Albert Sabin promove simpósio sobre sepse, que mata quase 250 mil pessoas no Brasil anualmente
A sepse é uma resposta imunológica extrema a uma infecção, pode levar à falência dos órgãos e até ao óbito
De cada 100 pacientes em hospitais para cuidados intensivos, sete deles em países de alta renda e 15 em países de baixa e média renda adquirirão ao menos uma infecção associada à atenção à saúde durante a internação hospitalar. Em média, um em cada 10 pacientes afetados morrerá por esse motivo. Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O tema foi debatido nesta quarta-feira (13), durante o 1º Simpósio Multidisciplinar sobre Sépsis, realizado no Hospital Albert Sabin, no bairro da Ilha do Leite, área central do Recife.
A data de 13 de setembro é lembrada anualmente como o Dia Mundial da Sepse, proposto pela Aliança Global para Sepse (Global Sepsis Alliance) em 2012, com objetivo de aumentar a conscientização sobre o tema.
O evento no Hospital Albert Sabin abordou os perigos das infecções generalizadas e formas para atuar na prevenção e redução de danos. Profissionais da saúde de vários setores participaram do encontro, realizado pelo Centro de Estudos Carlos Dantas Trigueiro, ligado ao Centro Hospitalar Albert Sabin.
A sepse é uma resposta imunológica extrema a uma infecção, pode levar à falência dos órgãos e até ao óbito. Segundo a OMS, a sepse mata 11 milhões de pessoas a cada ano e incapacita outros milhares de pacientes.
No Brasil, é a maior causa das mortes em unidades de terapia intensiva (UTIs). Estima-se que, no País, aconteçam 400 mil casos de sepse entre adultos e 42 mil entre crianças por ano. Desse total, 240 mil adultos e 8 mil crianças infelizmente vão a óbito.
O diretor técnico e médico responsável pelo CHAS, Eniedson Barros, falou sobre a importância de lidar com um tema tão relevante. "Conhecida também como infecção generalizada ou septicemia, a sepse é uma síndrome clínica decorrente de complicações de infecções graves, de modo que o corpo inteiro reage contra o agente causador da doença. Tem um alto potencial de morte, em especial no Brasil", disse Eniedson.
Para o diretor operacional do Albert Sabin, George Trigueiro, o momento foi uma oportunidade de debater uma questão delicada após todos os transtornos causados pela pandemia de covid-19. "Enfrentamos uma pandemia, que deixou os hospitais em superlotação e sabemos que novos desafios parecidos virão. Precisamos estar preparados", afirmou.