NIPAH: tudo o que se sabe até agora sobre o vírus potencialmente fatal que levou a Índia a fechar escolas
O vírus Nipah é um vírus zoonótico, o que significa que pode se espalhar entre animais e pessoas, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos
O vírus Nipah, que tem se propagado na Índia, matou duas pessoas nos últimos dias. Preocupado com essa agressividade, o Estado de Kerala, no Sul do País, determinou o fechamento de escolas, escritórios e transportes públicos na quarta-feira (13).
O vírus Nipah é transmitido por meio do contato com fluidos corporais de morcegos, porcos ou pessoas infectadas.
O vírus Nipah detectado em Kerala é variante de Bangladesh, que se dissemina de humano para humano com alta taxa de mortalidade, mas tem histórico de ser menos infeccioso.
Entre os casos infectados, dois adulto e uma criança permanecem em hospital. Além disso, foram testadas mais de 700 pessoas, que aguardam resultado.
Equipes médicas estão em quarentena após contato com os pacientes infectados.
A ministra da Saúde do Estado, Veena George, disse que, para conter a crise, as ações têm se concentrando em rastrear precocemente os contatos de infectados e isolar qualquer pessoa com sintomas.
O vírus Nipah é um vírus zoonótico, o que significa que pode se espalhar entre animais e pessoas, segundo informa o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.
Os morcegos frugívoros, também chamados de raposas voadoras, são os reservatórios animais do vírus Nipah na natureza.
O vírus Nipah também é conhecido por causar doenças em porcos e pessoas.
A infecção pelo vírus Nipah está associada à encefalite (inchaço do cérebro) e pode causar desde doenças leves a graves e até a morte.
Os surtos ocorrem quase anualmente em partes da Ásia, principalmente em Bangladesh e na Índia.
A infecção pelo vírus Nipah pode ser evitada. Para isso, não se recomenda exposição a porcos e morcegos doentes em áreas onde o vírus está presente.
NIPAH: SINTOMAS E TRATAMENTO
Não existe cura o vírus Nipah, nem mesmo remédio e vacina que possa ajudar a prevenir a infecção.
Dessa maneira, a taxa de mortalidade entre as pessoas que adoecem após infectadas é alta: chega a 75%, segundo o CDC, uma vez que não há remédio nem vacina disponível para tratar a infecção.
O tratamento se limita a controlar os sintomas e a cuidados de suporte, a fim de aliviar os incômodos.
Os infectados apresentam inicialmente os seguintes sintomas: febre, dificuldade respiratória, dores de cabeça e vômitos.
De acordo com a OMS, os casos mais graves podem manifestar podem encefalite e problemas respiratórios, assim como convulsões.