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Hipertensão: Entenda os riscos e como se prevenir da principal causa de insuficiência cardíaca em jovens

No Brasil, a maioria dos casos de insuficiência cardíaca tem relação direta ou indireta com o descontrole da pressão arterial.

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Gabriela Luna

Publicado em 21/09/2023 às 14:54
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A saúde do coração é uma prioridade independentemente da idade e tem se tornando uma preocupação cada vez mais frequente entre os jovens. Isso porque, segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), 30% da população do país pode ser considerada hipertensa, e desse número, mais de 3,5 milhões são crianças e adolescentes.

A hipertensão, conhecida como pressão alta e tradicionalmente associada a pessoas idosas, é, na verdade, uma doença democrática que atinge todas as idades. Além disso, a condição é considerada silenciosa por não apresentar sintomas óbvios, e com o tempo, pode causar danos ao sistema cardiovascular.

Causas

De acordo com a Drª Fiamma Nogueira, cardiologista do Hospital Jayme da Fonte e do Intercordis, a hipertensão não controlada força o coração a trabalhar mais intensamente para bombear sangue, o que eventualmente pode levar ao enfraquecimento do músculo cardíaco e à insuficiência cardíaca.

Segundo a médica, a causa mais frequente de pressão alta em jovens é a hereditariedade. Filhos de pais hipertensos têm maiores chances de desenvolver a doença em qualquer faixa etária. O risco pode ser ainda maior se o fator genético estiver associado a maus hábitos de vida.

“Na maioria dos casos, a hipertensão arterial está associada ao tabagismo, consumo excessivo de bebidas alcoólicas, alimentos processados, obesidade e sedentarismo. A apneia obstrutiva do sono também está relacionada a casos do problema em jovens”, explica.

Com a hipertensão arterial como fator de risco, Fiamma explica que a principal causa de insuficiência cardíaca (IC) é a doença isquêmica por obstrução das artérias coronárias, que irrigam o músculo do coração.

“Outra causa bastante prevalente é a chamada cardiomiopatia hipertensiva, que se dá quando o coração desenvolve IC por persistente sobrecarga de pressão nas artérias, inicialmente dificultando a saída de sangue do coração para o organismo, e em seguida causando uma redução da capacidade de contração e relaxamento do órgão”, complementa.

Fatores de risco

À medida que o tempo passa e a pressão arterial não é controlada o coração passa a ser sobrecarregado em suas funções por essa elevação persistente da pressão. Os sinais mais precoces dessa sobrecarga são observados através de alterações características em exames cardiovasculares.

De acordo com a cardiologista Fiamma Nogueira, na maioria dos casos, essas alterações nos exames complementares aparecem antes dos sintomas.

“O sintoma mais característico de IC é a falta de ar, que geralmente começa nos esforços, até surgir aos mínimos esforços e mesmo no repouso. Fadiga e inchaço nas pernas são outros sinais e sintomas presentes”, destaca.

Entre os fatores de risco adicionais para a ocorrência de pressão alta e insuficiência cardíaca em jovens, a médica destaca o Diabetes Mellitus e os distúrbios dos lipídios (como colesterol alto). O uso de anabolizantes para fins estéticos também tem importante relação tanto com hipertensão como com IC.

Prevenção

Para prevenir a hipertensão, algumas medidas podem e devem ser adotadas. Adquirir um estilo de vida saudável está no topo das principais mudanças favoráveis ao combate à doença na juventude.

“É importante que a prática de exercícios físicos regulares e a alimentação saudável, baseada no consumo de frutas, verduras e alimentos de origem natural, seja estimulada desde a infância. O combate coletivo ao tabagismo, seja ele eletrônico ou convencional, também é parte essencial nesse trabalho de prevenção”, explica a médica.

Além do controle dos fatores de risco relatados, o uso regular dos anti-hipertensivos prescritos pelo médico, sem interrupções que não sejam orientadas pelo profissional, também é essencial para prevenir a insuficiência cardíaca em jovens com pressão alta.

“O acompanhamento regular para aferição da pressão arterial e pesquisa de lesões de órgãos alvo (coração, rins, retina) periódica também é importante para diagnóstico precoce dessa complicação, reduzindo a chance de irreversibilidade do quadro”, complementa.

Tratamento

O objetivo do tratamento de hipertensão é não deixar a pressão ultrapassar os valores de 12 por 8, e para isso, envolve medidas não farmacológicas, como a prática regular de exercícios físicos e alimentação saudável, assim como medidas farmacológicas, com medicações classificadas como anti-hipertensivos.

“Existem várias classes de medicações com ação na pressão arterial, e o médico cardiologista é o profissional mais habilitado para prescrever a melhor combinação dessas medicações de acordo com o perfil de cada paciente”, ressalta Fiamma.

A dinâmica permanece em casos de insuficiência cardíaca em decorrência de pressão alta, quando o tratamento também envolve medidas não farmacológicas e uso de medicamentos de acordo com a classificação da doença.

“Atualmente, a quantidade de remédios disponíveis é grande, e com boa eficácia na redução dos sintomas e aumento da sobrevida. Em casos mais avançados, quando há dificuldades em manter o paciente sem sintomas, tratamentos com uso de dispositivos de assistência ventricular, ressincronizadores cardíacos ou transplante cardíaco podem ser empregados, a depender de cada caso”, finaliza.

Referência em diagnóstico e tratamento

O Hospital Jayme da Fonte possui um corpo clínico de cardiologistas competentes para acompanhamento de todos os pacientes com fatores de risco à hipertensão arterial e insuficiência cardíaca. A equipe multidisciplinar é qualificada para realizar procedimentos de alta complexidade com todo o suporte oferecido pelas UTIs geral e cardiológica do hospital que é referência para transplantes cardíacos em Pernambuco.

Equipado com o que há de mais avançado no mercado hospitalar, o HJF também oferece aos seus pacientes a mais alta tecnologia, conforto e precisão nos principais métodos diagnósticos, como o MAPA 24h, Holter 24h, ecocardiograma transtorácico e teste ergométrico.

De acordo com a Drª Fiamma Nogueira, cardiologista do Hospital Jayme da Fonte e do Intercordis

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