Salvador recebe o 23º Congresso Brasileiro de Infectologia
Cenário atual da covid-19, hesitação vacinal, superfungos e arboviroses são temas de destaque do evento
Considerado um dos mais importantes eventos da infectologia mundial, o 23º Congresso Brasileiro de Infectologia começou, nesta terça-feira (19), em Salvador (BA). Ao longo de quatro dias, pesquisadores, clínicos, professores universitários e médicos debatem os principais temas que abrangem a especialidade, voltada principalmente para a saúde pública.
O Infecto 2023, como é conhecido o evento, acontece no Centro de Convenções Salvador. São esperados mais de três mil participantes em atividades como conferências, mesas redondas, simpósios, oficinas e debates de todas as subespecialidades, incluindo temas polêmicos da infectologia.
"O evento é bem abrangente e, depois do fim da emergência global de saúde pública, é a primeira oportunidade de fazer um congresso com esse perfil. Estamos com alta expectativa para levar conhecimento e trocar experiências com nossos colegas", diz o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Alberto Chebabo.
"Elaboramos uma programação de um alto nível científico, e todas as áreas terão espaço para discussão e com bastante interatividade. Foram convidados médicos de todo o Brasil, de diferentes universidades, centros de pesquisa, governos, clínicos e respeitados cientistas do exterior. Dessa forma, buscamos abranger todos da melhor forma possível e atender as necessidades de um grande evento como esse", diz o vice-presidente da comissão científica, Alexandre Naime Barbosa.
Entre os principais temas que serão destaque, ao longo dos quatros dias do Infecto 2023, estão cenário atual da covid-19 e perspectivas; mpox – ainda temos que nos preocupar?; abordagem sobre o uso indiscriminado de antibióticos; hesitação vacinal; HIV/aids e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), alertas sobre os riscos dos superfungos; dengue e outras arboviroses endêmicas; perfil das doenças respiratórias; e hepatite C.
Segundo a Sociedade Brasileira de Infectologia, as comissões atuaram intensamente para que a edição de 2023 seja um marco para a entidade e um diferencial para todos os congressistas, já que eventos como esse ficaram suspensos recentemente por cauda da pandemia de covid-19.
"Foi um processo longo e desafiador, mas a Bahia vai fazer o melhor. Trouxemos excelentes profissionais para tornar esse evento bem relevante para nossa especialidade", diz a presidente do Infecto 2023, Miralba Freire.
Além disso, o Infecto 2023 conta com a participação científica de sete entidades internacionais, como a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e a Infectious Diseases Society of America (IDSA). O congresso também tem o apoio de dez entidades nacionais: Ministério da saúde, Associação Médica Brasileira, Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT) e Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), entre outras.