Saúde mental na Guerra Israel-Hamas: Brasileiros recebem apoio psicológico no retorno de Israel e em Gaza
Ação oferece um suporte inicial para lidar com ansiedade, insônia e outros transtornos causados pela violência na região
Parte dos brasileiros repatriados nos últimos dias, vindos de Israel durante a operação Voltando em Paz, do governo federal, iniciada na quarta-feira (11), recebem apoio psicológico e social do Ministério da Saúde (MS).
A ação oferece um suporte inicial para lidar com ansiedade, insônia e outros transtornos causados pela violência na região. Da mesma forma, o grupo de pessoas que aguarda para sair de Gaza pela fronteira com o Egito também tem sido acompanhado.
Para recepcionar passageiros que chegam ao Brasil nas aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB), o Ministério da Saúde disponibilizou quatro voluntárias da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS): duas psicólogas e duas assistentes sociais, que apoiam no acolhimento dos repatriados que estavam em zona de conflito no país do Oriente Médio.
Esse atendimento é feito para os brasileiros que desembarcaram no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, que recebeu a maior parte dos repatriados.
Na madrugada da última quarta-feira (11), cerca de 100 passageiros do primeiro voo da operação, que pousou inicialmente em Brasília (DF), deslocaram-se em seguida para o Rio de Janeiro. Depois, o Galeão recebeu o segundo voo, com 214 pessoas, o quarto voo, com 207, e o quinto, com 215.
SAÚDE MENTAL: PSICÓLOGA DÁ APOIO NA FAIXA DE GAZA
Paralelamente, o Escritório de Representação do Brasil na Palestina também contratou uma psicóloga para atender as 32 pessoas que estão na Faixa de Gaza aguardando para deixar a área do conflito.
Devido ao cerco no local, as consultas têm ocorrido de forma virtual, mesmo com a dificuldade de acesso à internet e à energia elétrica no local.
A profissional, que é palestina, tem dado orientações para lidar com a ansiedade e a insônia, a partir de exercícios respiratórios, e para conversar com as crianças, a fim de confortá-las em meio aos perigos da guerra. As mensagens, escritas em árabe, são compartilhadas em um grupo de WhatsApp.
"A guerra não se limita apenas ao bombardeio e ao combate aberto, mas também inclui ataques de informação e psicológicos. Agora, um grande número de pessoas sofre de fadiga; é muito difícil para o cérebro estar constantemente neste estado. É por isso que aciona a função de proteção. Uma pessoa se sente exausta, desesperada e mostra sinais de depressão", escreveu a psicóloga em uma das mensagens.