SARAMPO

Brasil sai da condição de endêmico para sarampo; é o 1º passo para retomar certificação de país livre da doença

Intenso fluxo migratório de países vizinhos, associado a baixas coberturas vacinais em 2018, permitiu a reintrodução do vírus do sarampo no País

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Cinthya Leite

Publicado em 27/11/2023 às 16:21
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Há 74 semanas sem confirmação de novas ocorrências, o Brasil obteve a elevação de status de "país endêmico" para "país pendente de reverificação" do sarampo.

A nova condição permite que o Brasil inicie o processo de recertificação de país livre de sarampo; categoria suprimida em 2019.

O intenso fluxo migratório de países vizinhos, associado às baixas coberturas vacinais em vários municípios, em 2018, permitiu a reintrodução do vírus da doença no país. O Brasil havia recebido a certificação de país livre da doença em 2016.

A mudança (status de país pendente de reverificação) foi anunciada durante a Terceira Reunião Anual da Comissão Regional de Monitoramento e Reverificação da Eliminação do Sarampo, da Rubéola (SR) e Síndrome da Rubéola Congênita (SRC), promovida pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), realizada neste mês de novembro, em Brasília.

Desde 2020, o País apresenta queda no número de casos de sarampo: 20.901 registros, em 2019; 8.100, em 2020; 670, em 2021; e 41, em 2022. O último caso foi confirmado em junho de 2022, no Amapá.

O Ministério da Saúde realiza ações conjuntas com Estados e municípios para interromper a circulação do vírus do sarampo nos quatro Estados com maior transmissão em 2022: Amapá, Pará, Rio de Janeiro e São Paulo.

Somente em 2023, foram investidos R$ 724,1 milhões em ações de vigilância em saúde, laboratórios estaduais, imunobiológicos, capacitações e imunização, com estratégias de microplanejamento e multivacinação.

Segundo o diretor do Departamento de Imunização e Doenças Imunopreveníveis, Éder Gatti, a comissão reconheceu o esforço brasileiro na recuperação das coberturas vacinais.

"Foi recomendado que continuemos com o microplanejamento como estratégia de fortalecimento da vacinação nos municípios. É preciso reconhecer o trabalho desenvolvido por Estados e municípios no combate ao sarampo", afirma Éder.

"Além de seguir com o fortalecimento da vacinação, vamos seguir intensificando a vigilância das doenças exantemáticas, para que o Brasil continue livre do sarampo e da rubéola congênita", acrescenta. 

 

“A matéria apresentada neste portal tem caráter informativo e não deve ser considerada como aconselhamento médico. Para obter informações fornecidas sobre qualquer condição médica, tratamento ou preocupação de saúde, é essencial consultar um médico especializado.”

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