VACINAÇÃO

Após sete anos em queda, taxas de cobertura vacinal aumentam no Brasil; oito imunizantes registram alta em 2023

Resultado aponta para a reversão da queda dos índices vacinais que o Brasil enfrenta há cerca de 7 anos, mesmo sem a consolidação dos dados para todo o ano de 2023.

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Cinthya Leite

Publicado em 19/12/2023 às 15:55
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Oito vacinas recomendadas do calendário infantil apresentaram aumento nas coberturas vacinais, segundo dados preliminares do Ministério da Saúde para janeiro a outubro de 2023, quando comparado com todo o ano de 2022.

A alta foi registrada em todo o País.

Para as crianças com 1 ano de idade, os imunizantes contra hepatite A, poliomielite, pneumocócica, meningocócica, DTP (difteria, tétano e coqueluche) e tríplice viral 1ª dose e 2ª dose (sarampo, caxumba e rubéola) registraram crescimento.

Também houve aumento na cobertura da vacina contra a febre amarela, indicada aos 9 meses de idade.

REVERSÃO DA QUEDA SETE ANOS DEPOIS

O resultado aponta para a reversão da queda dos índices vacinais que o Brasil enfrenta há cerca de 7 anos, mesmo sem a consolidação dos dados para todo o ano de 2023.

O Ministério da Saúde tem trabalhado, neste ano, para avançar no aumento das coberturas. Para isso, lançou o Movimento Nacional pela Vacinação, a adoção do microplanejamento, o repasse de mais de R$ 151 milhões para ações regionais nos Estados e municípios e o lançamento do programa Saúde com Ciência.

Ao longo de todo o ano, as equipes do Programa Nacional de Imunizações (PNI) percorreram o Brasil, com a realização de oficinas com as secretarias de saúde e na busca de soluções viáveis para a realidade de cada local.

Entre as estratégias realizadas, estão a imunização extramuros, ampliação do horário das salas de imunização e busca ativa de não vacinados. 

PIAUÍ, ESPÍRITO SANTO, SERGIPE E RIO GRANDE DO NORTE SE DESTACARAM

Nesse cenário, muitos estados se destacaram. É o caso do Piauí, que aumentou a cobertura da primeira dose de vacina tríplice viral, passando de 82,8% para 97,8%, assim como da poliomielite, que passou de 75,9% para 89,9%, e da DTP, que de 73,1% saltou para 92,8%.

O Espírito Santo ampliou a cobertura da meningocócica: de 58,5% em 2022, cresceu 33,1 pontos percentuais em 2023, chegando a 91,6% de cobertura.

Sergipe e Rio Grande do Norte ampliaram, respectivamente, 39,8 e 33,4 pontos percentuais na cobertura vacinal contra a febre amarela. Em Rondônia, a primeira dose de tríplice viral passou de 89,2% para 99,6%, atingindo a meta preconizada.

HEPATITE A, PNEUMOCÓCICA, PÓLIO E FEBRE AMARELA

A nível nacional, ao comparar 2022 com 2023, a cobertura vacinal de hepatite A passou de 73% para 79,5%.

O primeiro reforço da pneumocócica passou de 71,5% para 78% neste ano.

A pólio alcançou 74,6% de cobertura, ante os 67,1% do ano passado.

Entre as vacinas indicadas para menores de 1 ano de idade, a que protege contra a febre amarela foi a que apresentou o maior crescimento, passando de 60,6% no ano passado para 67,3 neste ano, sendo que todos os estados registraram aumento de cobertura vacinal.

SOBE COBERTURA CONTRA O HPV

Outro destaque foi a vacina contra o papiloma vírus humano (HPV), que desde 2014 apresentava queda no número de doses aplicadas. A cobertura vacinal subiu 30% neste ano, mesmo com o incremento na população para a qual a vacina deve ser aplicada nesse período.

A vacinação nas escolas foi uma estratégia fundamental para esse resultado positivo, especialmente quanto à vacinação de HPV. No total, 3.992 cidades brasileiras utilizaram a estratégia.

 

“A matéria apresentada neste portal tem caráter informativo e não deve ser considerada como aconselhamento médico. Para obter informações fornecidas sobre qualquer condição médica, tratamento ou preocupação de saúde, é essencial consultar um médico especializado.”

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