Pernambuco registra aumento da cobertura vacinal em sete imunizantes para bebês de até 1 ano, aponta Ministério da Saúde
Estado apresentou destaque na proteção contra difteria, tétano e coqueluche; houve aumento para outros imunizantes também
Pernambuco registrou aumento na cobertura vacinal de sete das oito vacinas recomendadas no calendário infantil para crianças com 1 ano de idade.
O destaque vai para os números da DTP (vacina contra difteria, tétano e coqueluche), que registrou 72,7% de cobertura neste ano, com aumento de 14,8% em relação a 2022, cuja taxa foi 63,3%.
O Estado também registrou alta na imunização da poliomielite, que passou de 63,8% em 2022 para 71,2% em 2023, o que representa um crescimento de 11,5%.
Os dados divulgados pelo Ministério da Saúde são preliminares e correspondem ao período de janeiro a outubro de 2023, comparados com todo o ano de 2022.
No Estado de Pernambuco, o aumento na taxa de cobertura ocorreu também com as vacinas da hepatite A, que registraram aumento de 9,4%, com taxas que passaram de 69,6% no ano passado a 76,21% em 2023, e meningocócica, que registrou 78,2% de cobertura neste ano, com aumento de 3,2% em relação ao ano passado, cuja taxa foi 75%.
Também foi registrado aumento das aplicações de vacinas da 1ª dose de tríplice viral, que, neste ano, alcançou 84,1%, frente aos 80,3% registrados em 2022, e da pneumocócica, que passou de 75,6% em 2022 para 78,5% neste ano.
AUMENTO EM TODO O PAÍS
O cenário de aumento foi registrado em todo o Brasil. A nível nacional, oito vacinas recomendadas do calendário infantil apresentaram aumento nas coberturas vacinais.
Para as crianças com 1 ano de idade, os imunizantes contra hepatite A, poliomielite, pneumocócica, meningocócica, DTP (difteria, tétano e coqueluche) e tríplice viral 1ª dose e 2ª dose (sarampo, caxumba e rubéola) registraram crescimento.
Também houve aumento na cobertura da vacina contra a febre amarela, indicada aos 9 meses de idade.
REVERSÃO DA QUEDA SETE ANOS DEPOIS
O resultado aponta para a reversão da queda dos índices vacinais que o Brasil enfrenta há cerca de 7 anos, mesmo sem a consolidação dos dados para todo o ano de 2023.
O Ministério da Saúde tem trabalhado, neste ano, para avançar no aumento das coberturas. Para isso, lançou o Movimento Nacional pela Vacinação, a adoção do microplanejamento, o repasse de mais de R$ 151 milhões para ações regionais nos Estados e municípios e o lançamento do programa Saúde com Ciência.
Ao longo de todo o ano, as equipes do Programa Nacional de Imunizações (PNI) percorreram o Brasil, com a realização de oficinas com as secretarias de saúde e na busca de soluções viáveis para a realidade de cada local.
Entre as estratégias realizadas, estão a imunização extramuros, ampliação do horário das salas de imunização e busca ativa de não vacinados.
PIAUÍ, ESPÍRITO SANTO, SERGIPE E RIO GRANDE DO NORTE SE DESTACARAM
Nesse cenário, muitos estados se destacaram. É o caso do Piauí, que aumentou a cobertura da primeira dose de vacina tríplice viral, passando de 82,8% para 97,8%, assim como da poliomielite, que passou de 75,9% para 89,9%, e da DTP, que de 73,1% saltou para 92,8%.
O Espírito Santo ampliou a cobertura da meningocócica: de 58,5% em 2022, cresceu 33,1 pontos percentuais em 2023, chegando a 91,6% de cobertura.
Sergipe e Rio Grande do Norte ampliaram, respectivamente, 39,8 e 33,4 pontos percentuais na cobertura vacinal contra a febre amarela. Em Rondônia, a primeira dose de tríplice viral passou de 89,2% para 99,6%, atingindo a meta preconizada.
HEPATITE A, PNEUMOCÓCICA, PÓLIO E FEBRE AMARELA
A nível nacional, ao comparar 2022 com 2023, a cobertura vacinal de hepatite A passou de 73% para 79,5%.
O primeiro reforço da pneumocócica passou de 71,5% para 78% neste ano.
A pólio alcançou 74,6% de cobertura, ante os 67,1% do ano passado.
Entre as vacinas indicadas para menores de 1 ano de idade, a que protege contra a febre amarela foi a que apresentou o maior crescimento, passando de 60,6% no ano passado para 67,3 neste ano, sendo que todos os estados registraram aumento de cobertura vacinal.
SOBE COBERTURA CONTRA O HPV
Outro destaque foi a vacina contra o papiloma vírus humano (HPV), que desde 2014 apresentava queda no número de doses aplicadas. A cobertura vacinal subiu 30% neste ano, mesmo com o incremento na população para a qual a vacina deve ser aplicada nesse período.
A vacinação nas escolas foi uma estratégia fundamental para esse resultado positivo, especialmente quanto à vacinação de HPV. No total, 3.992 cidades brasileiras utilizaram a estratégia.
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