HIV/AIDS

HIV/AIDS: Novo medicamento para pacientes com HIV é distribuído pelo Ministério da Saúde

Com o novo remédio, os pacientes ganham a possibilidade de utilizar um tratamento com uma única dose diária

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Cinthya Leite

Publicado em 10/01/2024 às 14:31 | Atualizado em 10/01/2024 às 15:58
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O Ministério da Saúde concluiu a distribuição das primeiras unidades de uma combinação inédita de dois medicamentos eficazes para pacientes que vivem com HIV ou aids: os antirretrovirais dolutegravir 50mg + lamivudina 300mg.

No total, foram distribuídas 5,6 milhões de unidades do medicamento aos Estados e ao Distrito Federal.

Antes, o tratamento do HIV envolvia exclusivamente combinações de vários medicamentos de diferentes classes para suprimir efetivamente o vírus e retardar a progressão da doença.

Com o novo remédio, os pacientes ganham a possibilidade de utilizar um tratamento com uma única dose diária.

Nesse momento, no entanto, devido a atual disponibilidade do medicamento, a migração de uso da terapia com dois comprimidos para apenas um deve acontecer de forma gradual e contínua, a partir dos seguintes critérios:

  • Idade igual ou superior a 50 anos
  • Adesão regular
  • Carga viral menor que 50 cópias no último exame
  • Ter iniciado a terapia dupla até 30/11/2023

Os critérios para ampliar o público contemplado no novo modelo de tratamento poderão ser revistos em seis meses, observando, por exemplo, a tendência de crescimento das prescrições e a disponibilidade do medicamento em estoque na rede.

As orientações sobre o uso da terapia e de preenchimento do formulário de dispensação de antirretrovirais estão disponíveis em nota técnica no site do Ministério da Saúde.

Enfrentamento da epidemia de HIV e aids

A distribuição da combinação de medicamentos é parte da estratégia prioritária da pasta para eliminar o HIV e a aids como problemas de saúde pública.

Em 2023, o ministério ultrapassou o valor de R$ 1,8 bilhão investidos em medicamentos contra o vírus.

Ainda no ano passado, foi lançado um comitê interministerial para eliminação de doenças socialmente determinadas.

Coordenado pelo Ministério da Saúde, o grupo irá funcionar até janeiro de 2030.

Entre 2017 e 2021, a aids foi a causa básica da morte de mais de 59 mil pessoas no Brasil. Outra novidade, foi a recriação da Comissão Nacional de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Cnaids).

Entre as ações, também foi lançado o novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para manejo da infecção pelo HIV em adultos.

O documento é uma espécie de guia de cuidado e assistência. Ele se caracteriza por incorporar medicamentos e elaborar condutas de tratamento.

A publicação explica ainda como funciona o cuidado com uma pessoa infectada pelo HIV e como lidar com o aparecimento de doenças oportunistas.

“A matéria apresentada neste portal tem caráter informativo e não deve ser considerada como aconselhamento médico. Para obter informações fornecidas sobre qualquer condição médica, tratamento ou preocupação de saúde, é essencial consultar um médico especializado.”

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