Quais exercícios o diabético pode fazer? Veja exercícios físicos para quem tem diabetes

Classificado como uma condição crônica e incurável, o diabetes é uma enfermidade reconhecida desde as civilizações mais antigas, caracterizando-se como um distúrbio metabólico que eleva os níveis de glicose ou açúcar na corrente sanguínea.

Apesar de ser uma doença sem cura, é viável controlar e prevenir o diabetes por meio de atividades físicas. Se deseja compreender como essas práticas contribuem para o tratamento da enfermidade, confira abaixo.

Quais os tipos de diabetes?

O diabetes mellitus pode manifestar-se de maneiras diversas, apresentando vários tipos distintos. Independentemente da categoria de diabetes, é crucial que o paciente busque atendimento médico especializado com urgência ao perceber qualquer sintoma, dando início ao tratamento.

Diabetes tipo 1

Geralmente reconhecido como uma condição crônica não transmissível e hereditária, o diabetes tipo 1 representa de 5% a 10% do total de casos de diabetes no Brasil. Embora seja mais comum em adultos, também pode se manifestar em crianças. O diagnóstico geralmente ocorre na infância ou adolescência, mas adultos também podem ser afetados. Indivíduos com histórico familiar da doença devem realizar exames regularmente para monitorar os níveis de glicose no sangue.

O tratamento envolve o uso diário de insulina e/ou outros medicamentos para controlar os níveis de glicose. A causa do diabetes tipo 1 ainda é desconhecida, e a prevenção é melhor alcançada por meio de um estilo de vida saudável, que inclui hábitos alimentares adequados, atividades físicas e a evitação de álcool, tabaco e outras substâncias.

Diabetes tipo 2

O diabetes tipo 2 ocorre quando o corpo não utiliza de maneira eficaz a insulina produzida. Essa condição está diretamente ligada ao sobrepeso, sedentarismo, triglicerídeos elevados, hipertensão e maus hábitos alimentares. É essencial manter acompanhamento médico para tratar também dessas outras condições que podem surgir concomitantemente com o diabetes, visto que cerca de 90% dos pacientes diabéticos no Brasil são diagnosticados com o tipo 2.

Diabetes Latente Autoimune do Adulto (LADA)

Essa forma de diabetes afeta predominantemente adultos e representa uma progressão do diabetes tipo 2. Caracteriza-se pelo desenvolvimento de um processo autoimune, no qual o organismo passa a atacar as células do pâncreas.

Pré-diabetes

O pré-diabetes ocorre quando os níveis de glicose no sangue estão acima do normal, mas ainda não atingem os patamares necessários para serem diagnosticados como Diabetes Tipo 1 ou Tipo 2. Essa condição é um alerta do corpo, geralmente observado em obesos, hipertensos e/ou indivíduos com alterações nos lipídios.

Este estágio do diabetes é crucial, pois é a única fase reversível da doença, possibilitando a prevenção do seu avanço e o surgimento de complicações, incluindo o risco de infarto. Contudo, mesmo com orientações médicas adequadas, 50% dos pacientes diagnosticados com pré-diabetes desenvolvem a doença. A mudança de hábitos alimentares e a prática regular de exercícios são fatores-chave para o controle eficaz.

Diabetes gestacional

Este tipo de diabetes ocorre temporariamente durante a gravidez, elevando as taxas de açúcar no sangue acima do normal, mas abaixo dos valores para serem classificados como diabetes tipo 2. Todas as gestantes devem realizar regularmente o exame de diabetes durante o pré-natal.

Mulheres com diabetes gestacional enfrentam maior risco de complicações durante a gestação e o parto. Esta condição, que afeta entre 2% e 4% de todas as gestantes, implica um aumento do risco de desenvolvimento posterior de diabetes tanto para a mãe quanto para o bebê.

Sintomas de diabetes

Os sintomas primários do diabetes incluem fome e sede excessivas, bem como a necessidade frequente de urinar.

Tipo 1

- Fome frequente;
- Sede constante;
- Vontade de urinar várias vezes ao dia;
- Perda de peso;
- Fraqueza;
- Fadiga;
- Mudanças de humor;
- Náusea e vômito.

Tipo 2

- Fome frequente;
- Sede constante;
- Formigamento nos pés e mãos;
- Vontade de urinar frequentemente;
- Infecções recorrentes na bexiga, rins, pele e infecções cutâneas;
- Feridas de cicatrização demorada;
- Visão embaçada.

Por que os exercícios físicos são benéficos?

Conforme mencionado anteriormente, o diabetes é um distúrbio metabólico que impacta diretamente na produção de glicose pelo corpo. Diversos fatores podem influenciar o desenvolvimento dessa condição, sendo a falta de atividade física um dos mais comuns, uma vez que a obesidade e a alimentação irregular são fatores de risco para o diabetes tipo 2.

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No caso do diabetes tipo 1, a doença surge devido à produção de anticorpos que atuam de maneira autoimune contra a própria produção de insulina do corpo ou das células responsáveis por essa produção. Os exercícios físicos podem auxiliar na manutenção da qualidade de vida para aqueles que convivem com essa condição.

Nesse contexto, é relevante destacar que os exercícios físicos são fundamentais para prevenir diversas doenças crônicas, sendo recomendável dedicar pelo menos 30 minutos diários a essas atividades.

Uma dica adicional para contribuir com o controle do diabetes e otimizar o tratamento é adotar uma alimentação adequada. A escolha correta dos alimentos pode influenciar positivamente nos níveis de glicose, no controle de peso e na melhoria do metabolismo, diminuindo a probabilidade de resistência à insulina.

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Quais exercícios físicos são aconselhados?

Para pessoas com diabetes, os exercícios de baixa e média intensidade são recomendados. Nesse contexto, atividades aeróbicas, como caminhada, corrida, pedalada e natação, praticadas de cinco a sete vezes por semana, proporcionam diversas vantagens aos diabéticos.

Vantagens dos exercícios físicos

- Melhora do controle glicêmico;
- Prevenção de doenças cardiovasculares;
- Redução da pressão arterial;
- Aprimoramento do perfil lipídico;
- Auxílio no controle de peso;
- Elevação da autoestima e controle do estresse.

Agora que você está ciente das várias vantagens que os exercícios físicos podem proporcionar no tratamento da doença, não se esqueça de buscar orientação médica antes de iniciar qualquer prática.

Diversos fatores, como intensidade, duração, horário, controle metabólico, tempo após a última refeição e ação da insulina, devem ser considerados para escolher a atividade física mais adequada ao seu estilo de vida.

Fontes: Programa Saúde Fácil e Ministério da Saúde