Negativa familiar é responsável por quase 60% da não efetivação da doação de órgãos em Pernambuco
Pernambuco tem 3.180 pessoas em fila de espera por um órgão ou tecido
Balanço divulgado pela Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE) revela que o Estado aumentou em 11,3% o número de transplantes de órgãos e tecidos realizados no ano passado, em comparação com 2022. Ao todo, foram 1.531 procedimentos feitos em 2023, segundo dados da Central de Transplantes de Pernambuco (CT-PE).
Apesar da alta nos números absolutos, Pernambuco tem 3.180 pessoas em fila, à espera por um órgão ou tecido. Outro dado que preocupa é que a negativa familiar para a doação, em 2023, chegou a quase 60%. Ou seja, a cada 10 famílias de possíveis doadores, seis disseram não ao gesto de solidariedade, capaz de salvar vidas.
Para incentivar o "sim" num momento tão difícil para os parentes, a Central de Transplantes de Pernambuco investiu na capacitação dos profissionais de saúde, com a oferta de cursos sobre o diagnóstico de morte encefálica e de comunicação de notícias críticas para o acolhimento dos entes queridos dos doadores em potencial.
Em 2024, além de seguir o fluxo das qualificações nessas habilitações, a Central de Transplantes vai resgatar a política de "córnea zero" para reduzir, a curto prazo, a lista de espera por esse tecido e, posteriormente, recuperar o status que o Estado tinha no período pré-pandêmico.
Atualmente, 1.286 pessoas esperam por uma córnea em Pernambuco. "O nosso desafio continua para reduzir mais a taxa de negativa familiar e as condições de manutenção desses potenciais doadores, a fim de evitar as contraindicações médicas numa escala maior", diz a coordenadora da CT-PE, Melissa Moura.
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