SAÚDE

Quais adoçantes são os melhores para diabéticos?

Saiba qual a recomendação do uso de adoçantes no caso de diabéticos

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Cadastrado por

Flávio Oliveira

Publicado em 28/01/2024 às 9:44
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Os adoçantes, compostos derivados de substâncias naturais ou sintéticas conhecidas como edulcorantes, são formulações químicas cujo foco principal reside no sabor, deixando de lado as considerações nutricionais.

Quais adoçantes são os melhores para diabéticos?

Os polióis, como eritritol, isomaltitol, lactitol, maltitol, manitol, sorbitol e xilitol, apresentam menor teor calórico em comparação ao açúcar, contudo, seu poder edulcorante varia entre 45% e 100% em relação a este último.

Em contrapartida, adoçantes como aspartame, acessulfame de potássio (acessulfame-K), ciclamato de sódio, neotame, sacarina sódica, sucralose, stevia e taumatina possuem pouquíssimas calorias ou são isentos delas, apresentando um poder edulcorante significativamente superior ao do açúcar.

A regulamentação e segurança de aditivos alimentares, incluindo adoçantes, são estabelecidas pelo Comitê de Especialistas em Aditivos Alimentares da FAO/OMS (JECFA). Este comitê determina a Ingestão Diária Aceitável (IDA) para cada aditivo, calculada multiplicando a IDA de cada substância pelo peso corporal do indivíduo.

A IDA dos polióis é classificada como não especificada, indicando baixo risco à saúde, permitindo seu uso em quantidade suficiente para atingir o resultado desejado. No entanto, é crucial destacar que ingerir mais de 30/40 g por dia desses polióis pode resultar em desconfortos como diarreia, estufamento e dores abdominais. Portanto, a ênfase recai sobre a moderação e o princípio de que menos é mais.

Apesar da existência de uma recomendação segura, estudos recentes indicam prejuízos nas respostas glicêmicas, aumento do risco de doenças metabólicas e ganho de peso associados ao uso regular dessas substâncias. Novas pesquisas sugerem que a intolerância à glicose induzida por adoçantes pode estar relacionada a alterações na composição e funcionamento da microbiota intestinal, desencadeando a disbiose.

Embora o mecanismo não esteja completamente claro, acredita-se que os substitutos do açúcar interfiram na diversidade bacteriana, iniciando a disbiose. Embora mais estudos sejam necessários, há motivos substanciais para reduzir o consumo de adoçantes.

Embora possam ser uma ferramenta no tratamento nutricional do diabetes, seu uso não é essencial. O conselho é consumir com moderação, fazendo rodízio entre os tipos. Segundo as diretrizes da SBD, a diminuição de sacarose pela indústria não deve resultar em aumento expressivo de edulcorantes em produtos industrializados.

A preferência por alimentos in natura e minimamente processados, com moderação no consumo de alimentos processados e ultraprocessados, deve ser uma prioridade para todos, independentemente da presença de diabetes. Treinar o paladar para apreciar produtos menos doces é crucial para a saúde, permitindo uma transição gradual para um paladar menos açucarado.

Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes

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