SAÚDE

O que fazer quando o diabetes está muito alto? Veja dicas

Saiba como tratar a glicose muito alta no sangue

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Cadastrado por

Flávio Oliveira

Publicado em 28/01/2024 às 12:36
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O diabetes é uma condição resultante da produção insuficiente ou má absorção de insulina, um hormônio essencial para regular a glicose no sangue e proporcionar energia ao organismo. A insulina desempenha o papel crucial de converter as moléculas de glicose (açúcar) em energia, sustentando as células do corpo.

O desequilíbrio no controle glicêmico pode levar ao aumento da glicemia, contribuindo para complicações severas no coração, artérias, olhos, rins e nervos. Em casos mais graves, o diabetes pode culminar em fatalidades.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Diabetes, mais de 13 milhões de pessoas no Brasil convivem com essa enfermidade, representando 6,9% da população nacional. A prevenção eficaz envolve a prática regular de atividades físicas, uma alimentação saudável, além de evitar o consumo de álcool, tabaco e outras substâncias nocivas. Atitudes saudáveis não apenas impedem o diabetes, mas também protegem contra outras condições crônicas, como o câncer.

Os tipos mais comuns de diabetes incluem:

Tipo 1:

Essa forma, geralmente hereditária e crônica, acomete entre 5% e 10% dos diabéticos no Brasil. Embora mais comum em adultos, o diabetes tipo 1 também pode se manifestar em crianças. O tratamento requer o uso diário de insulina e/ou outros medicamentos para controlar a glicose no sangue. A causa ainda é desconhecida, mas práticas de vida saudáveis são fundamentais para prevenção.

Tipo 2:

Associado a fatores como sobrepeso, sedentarismo, triglicerídeos elevados, hipertensão e hábitos alimentares inadequados, o diabetes tipo 2 ocorre quando o corpo não utiliza adequadamente a insulina produzida. Cerca de 90% dos diabéticos no Brasil são diagnosticados com esse tipo. O acompanhamento médico é crucial para tratar não apenas o diabetes, mas também condições relacionadas.

Diabetes Latente Autoimune do Adulto (LADA)

Essa variante atinge principalmente adultos, representando uma evolução do diabetes tipo 2. Caracteriza-se por um processo autoimune, onde o organismo ataca as células do pâncreas.

Pré-diabetes

Marcado por níveis elevados de glicose, mas ainda não suficientes para diagnosticar o Diabetes Tipo 1 ou Tipo 2. Uma etapa reversível, sinaliza a necessidade de mudanças nos hábitos alimentares e prática de exercícios.

Diabetes gestacional

Temporário durante a gravidez, apresentando taxas de açúcar acima do normal. O diagnóstico regular durante o pré-natal é essencial, pois mulheres com diabetes gestacional enfrentam maior risco de complicações.

Sintomas comuns do diabetes

Tipo 1:

  • Fome frequente
  • Sede constante
  • Vontade frequente de urinar
  • Perda de peso
  • Fraqueza
  • Fadiga
  • Mudanças de humor
  • Náusea e vômito

Tipo 2:

  • Fome frequente
  • Sede constante
  • Formigamento nos pés e mãos
  • Vontade frequente de urinar
  • Infecções recorrentes na bexiga, rins, pele
  • Feridas de cicatrização lenta
  • Visão embaçada

Fatores de risco

Além de fatores genéticos e hábitos não saudáveis, outros elementos de risco incluem diagnóstico de pré-diabetes, pressão alta, colesterol elevado, sobrepeso, histórico familiar de diabetes, doenças renais crônicas, gestações com bebês grandes, diabetes gestacional, síndrome de ovários policísticos, diagnóstico de distúrbios psiquiátricos e uso de certos medicamentos.

Tratamento

Tipo 1:

Pacientes diagnosticados com diabetes do Tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manter os níveis de glicose no sangue dentro dos padrões considerados normais. A utilização de um glicosímetro, aparelho capaz de medir a concentração precisa de glicose no sangue, é recomendada para monitorização diária.

Os profissionais de saúde indicam que a insulina seja aplicada diretamente na camada de células de gordura, situada logo abaixo da pele. As regiões preferenciais para a administração das injeções incluem a barriga, coxa, braço, região da cintura e glúteo. Além das injeções de insulina, alguns médicos também incluem medicamentos via oral no tratamento, ajustando conforme as necessidades individuais de cada paciente.

Tipo 2:

No caso do diabetes Tipo 2, o tratamento envolve a identificação das necessidades específicas de cada pessoa, com a prescrição de medicamentos ou técnicas adequadas a cada caso. Entre as opções estão:

  • Inibidores da alfaglicosidase, que impedem a digestão e absorção de carboidratos no intestino.
  • Sulfonilureias, que estimulam a produção pancreática de insulina.
  • Glinidas, que também atuam estimulando a produção de insulina pelo pâncreas.

O diabetes Tipo 2 frequentemente está associado a outros problemas de saúde, como obesidade, sobrepeso, sedentarismo, altos níveis de triglicerídeos e hipertensão. Por essa razão, o acompanhamento médico é crucial para tratar não apenas o diabetes, mas também as condições relacionadas.

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece, de forma gratuita, medicamentos essenciais para o tratamento do diabetes. Seis medicamentos financiados pelo Ministério da Saúde estão disponíveis em farmácias credenciadas, garantindo o acompanhamento integral dos pacientes pela Atenção Básica.

Desde março de 2017, o SUS incorporou duas novas tecnologias para o tratamento do diabetes: a caneta para injeção de insulina, proporcionando maior comodidade e precisão na dosagem, e a insulina análoga de ação rápida, otimizando a forma como a insulina age no organismo.

O programa Aqui Tem Farmácia Popular, em parceria com mais de 34 mil farmácias em todo o país, complementa a distribuição gratuita de medicamentos, incluindo cloridrato de metformina, glibenclamida e insulinas, proporcionando acesso facilitado aos pacientes diagnosticados com diabetes.

Fonte: Ministério da Saúde

“A matéria apresentada neste portal tem caráter informativo e não deve ser considerada como aconselhamento médico. Para obter informações fornecidas sobre qualquer condição médica, tratamento ou preocupação de saúde, é essencial consultar um médico especializado.”

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