DIABETES

Qual o tratamento correto para glicose alta no sangue? Veja dicas

Saiba melhor tratamento para diabetes

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Cadastrado por

Flávio Oliveira

Publicado em 29/01/2024 às 12:21
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De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 400 milhões de pessoas em todo o mundo convivem com algum dos tipos de diabetes existentes.

Apesar da tentação de saborear doces ao longo da vida, é crucial compreender que altas doses de açúcar no sangue podem acarretar sérios problemas, especialmente para os idosos e os diabéticos, que enfrentam maiores riscos relacionados à COVID-19.

Com isso em mente, veja informações essenciais para compreender o funcionamento da diabetes e orientações sobre como lidar com essa condição. 

Quais são as causas da diabetes?

Antes de abordarmos as causas, é fundamental compreender a importância da insulina no corpo, produzida pelo pâncreas e responsável por controlar a glicose no sangue.

A diabetes ocorre quando o pâncreas não consegue produzir insulina em quantidade suficiente ou quando ocorrem mutações nas proteínas envolvidas no processo. Sem o funcionamento adequado, há uma acumulação de gordura, a insulina perde eficácia, e a glicose se acumula, perdendo a oportunidade de se converter em energia.

Níveis elevados de glicose podem levar a complicações clínicas, causando danos em órgãos essenciais e obstruindo vasos sanguíneos. O estilo de vida desregrado, como má alimentação, pressão alta, idade acima de 40 anos, apneia do sono, sedentarismo e predisposição genética, são algumas das principais causas da diabetes.

Quais são os tipos de diabetes?

A complexidade da diabetes envolve diferentes tipos, cada um com características, sintomas e informações relevantes específicas.

Diabetes tipo 1

Geralmente, diagnosticada em crianças, adolescentes e adultos jovens, a diabetes tipo 1 ocorre quando o pâncreas não produz insulina adequadamente. Esse problema resulta de uma "falha de comunicação" do sistema imunológico, que ataca erroneamente as células beta do pâncreas, causando deficiência de insulina. Sintomas incluem sede excessiva, fraqueza, mudanças de humor, vômitos, emagrecimento e vontade frequente de urinar.

Diabetes tipo 2

Correspondendo a 90-95% dos casos, a diabetes tipo 2 ocorre quando o organismo apresenta resistência à insulina ou não produz a quantidade ideal. Manifesta-se mais comumente em adultos, sendo associada a maus hábitos alimentares, obesidade, estresse e falta de exercícios físicos. A diabetes tipo 2 pode ser assintomática por um período considerável.

Diabetes gestacional

Durante a gravidez, ocorrem alterações hormonais que podem levar à diabetes gestacional. A placenta libera hormônios que inibem a ação da insulina, aumentando a produção pelo pâncreas. Em alguns casos, esse mecanismo falha, expondo o bebê ao acúmulo de glicose. Exames periódicos são essenciais durante a gravidez para monitorar a situação.

Outros tipos de diabetes

Embora menos comuns, diabetes LADA (Latent Autoimmune Diabetes in Adults) e MODY (Maturity-Onset Diabetes of the Young) também exigem atenção. LADA é uma forma tardia da diabetes tipo 1, afetando adultos acima de 35 anos. Já o MODY, relacionado a defeitos genéticos, ocorre antes dos 25 anos, sendo mais complexo de distinguir entre os tipos 1 e 2.

Quais são as formas de tratamento?

O tratamento varia de acordo com o tipo de diabetes diagnosticado. Exames fundamentais incluem glicemia de jejum, hemoglobina glicada e curva glicêmica. No caso do tipo 1, injeções diárias de insulina são necessárias. Para o tipo 2, uma dieta balanceada, evitando alimentos gordurosos, é recomendada, podendo incluir medicamentos específicos. O acompanhamento da saúde mental também é crucial, pois a depressão pode impactar o controle glicêmico.

Recentemente, o Ozempic se tornou uma sensação nas redes sociais, especialmente no TikTok, por sua capacidade de promover uma considerável perda de peso em pessoas obesas. Inicialmente desenvolvido para tratar diabetes tipo 2 não controlada, o medicamento ganhou popularidade devido ao chamado "efeito secativo". Esse fenômeno levou profissionais a recomendarem o Ozempic para o emagrecimento, e algumas pessoas optaram por usá-lo sem orientação profissional.

Entretanto, é crucial destacar que o uso do Ozempic sem supervisão médica pode acarretar sérias consequências. A endocrinologista Thais Mussi alerta para o fato de que existem pessoas alérgicas à semaglutida e outras substâncias presentes no medicamento, enfatizando a importância de precauções antes de sua prescrição ou uso.

A medicação também apresenta efeitos colaterais relacionados a questões digestivas, como diarreia, vômitos e enjoos. Embora essas reações sejam geralmente de curta duração, é fundamental estar ciente delas.

Quando se trata do uso do Ozempic em conjunto com álcool e anticoncepcionais, é importante notar que o álcool, quando consumido em excesso, pode causar problemas em pacientes diabéticos, podendo levar a episódios de hipoglicemia ou hiperglicemia. Além disso, o medicamento não parece interferir nos efeitos dos anticoncepcionais, mas Thais Mussi destaca a necessidade de uma discussão com o médico sobre a combinação de medicamentos, especialmente quando há mudanças no peso e fertilidade.

A endocrinologista ressalta que o Ozempic não é indicado para pessoas com diabetes tipo 1 e aquelas com cetoacidose diabética. Além disso, pacientes com histórico familiar de carcinoma medular de tireoide ou síndrome de neoplasia endócrina múltipla tipo 2 devem avaliar cuidadosamente a possibilidade de uso do medicamento.

Por fim, Thais Mussi destaca a importância de esclarecer que o Ozempic não é uma forma de substituir a insulina no tratamento da diabetes e, portanto, não deve ser utilizado dessa maneira. O acompanhamento médico é fundamental para garantir o uso seguro e eficaz do medicamento, além de promover mudanças no estilo de vida voltadas para uma alimentação saudável e atividade física.

Fonte: Blog Ramos Medicina Diagnóstica

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 400 milhões de pessoas em todo o mundo convivem com algum dos tipos de diabetes existentes.

Apesar da tentação de saborear doces ao longo da vida, é crucial compreender que altas doses de açúcar no sangue podem acarretar sérios problemas, especialmente para os idosos e os diabéticos, que enfrentam maiores riscos relacionados à COVID-19.

Com isso em mente, fornecemos informações essenciais para uma melhor compreensão do funcionamento da diabetes e orientações sobre como lidar com essa condição. Confira!

Quais são as causas da diabetes?

Antes de abordarmos as causas, é fundamental compreender a importância da insulina no corpo, produzida pelo pâncreas e responsável por controlar a glicose no sangue.

A diabetes ocorre quando o pâncreas não consegue produzir insulina em quantidade suficiente ou quando ocorrem mutações nas proteínas envolvidas no processo. Sem o funcionamento adequado, há uma acumulação de gordura, a insulina perde eficácia, e a glicose se acumula, perdendo a oportunidade de se converter em energia.

Níveis elevados de glicose podem levar a complicações clínicas, causando danos em órgãos essenciais e obstruindo vasos sanguíneos. O estilo de vida desregrado, como má alimentação, pressão alta, idade acima de 40 anos, apneia do sono, sedentarismo e predisposição genética, são algumas das principais causas da diabetes.

Quais são os tipos de diabetes?

A complexidade da diabetes envolve diferentes tipos, cada um com características, sintomas e informações relevantes específicas.

Diabetes tipo 1

Geralmente, diagnosticada em crianças, adolescentes e adultos jovens, a diabetes tipo 1 ocorre quando o pâncreas não produz insulina adequadamente. Esse problema resulta de uma "falha de comunicação" do sistema imunológico, que ataca erroneamente as células beta do pâncreas, causando deficiência de insulina. Sintomas incluem sede excessiva, fraqueza, mudanças de humor, vômitos, emagrecimento e vontade frequente de urinar.

Diabetes tipo 2

Correspondendo a 90-95% dos casos, a diabetes tipo 2 ocorre quando o organismo apresenta resistência à insulina ou não produz a quantidade ideal. Manifesta-se mais comumente em adultos, sendo associada a maus hábitos alimentares, obesidade, estresse e falta de exercícios físicos. A diabetes tipo 2 pode ser assintomática por um período considerável.

Diabetes Gestacional

Durante a gravidez, ocorrem alterações hormonais que podem levar à diabetes gestacional. A placenta libera hormônios que inibem a ação da insulina, aumentando a produção pelo pâncreas. Em alguns casos, esse mecanismo falha, expondo o bebê ao acúmulo de glicose. Exames periódicos são essenciais durante a gravidez para monitorar a situação.

Outros tipos de diabetes

Embora menos comuns, diabetes LADA (Latent Autoimmune Diabetes in Adults) e MODY (Maturity-Onset Diabetes of the Young) também exigem atenção. LADA é uma forma tardia da diabetes tipo 1, afetando adultos acima de 35 anos. Já o MODY, relacionado a defeitos genéticos, ocorre antes dos 25 anos, sendo mais complexo de distinguir entre os tipos 1 e 2.

Quais são as formas de tratamento?

O tratamento varia de acordo com o tipo de diabetes diagnosticado. Exames fundamentais incluem glicemia de jejum, hemoglobina glicada e curva glicêmica. No caso do tipo 1, injeções diárias de insulina são necessárias. Para o tipo 2, uma dieta balanceada, evitando alimentos gordurosos, é recomendada, podendo incluir medicamentos específicos. O acompanhamento da saúde mental também é crucial, pois a depressão pode impactar o controle glicêmico.

Recentemente, o Ozempic se tornou uma sensação nas redes sociais, especialmente no TikTok, por sua capacidade de promover uma considerável perda de peso em pessoas obesas. Inicialmente desenvolvido para tratar diabetes tipo 2 não controlada, o medicamento ganhou popularidade devido ao chamado "efeito secativo". Esse fenômeno levou profissionais a recomendarem o Ozempic para o emagrecimento, e algumas pessoas optaram por usá-lo sem orientação profissional.

Entretanto, é crucial destacar que o uso do Ozempic sem supervisão médica pode acarretar sérias consequências. A endocrinologista Thais Mussi alerta para o fato de que existem pessoas alérgicas à semaglutida e outras substâncias presentes no medicamento, enfatizando a importância de precauções antes de sua prescrição ou uso.

A medicação também apresenta efeitos colaterais relacionados a questões digestivas, como diarreia, vômitos e enjoos. Embora essas reações sejam geralmente de curta duração, é fundamental estar ciente delas.

Quando se trata do uso do Ozempic em conjunto com álcool e anticoncepcionais, é importante notar que o álcool, quando consumido em excesso, pode causar problemas em pacientes diabéticos, podendo levar a episódios de hipoglicemia ou hiperglicemia. Além disso, o medicamento não parece interferir nos efeitos dos anticoncepcionais, mas Thais Mussi destaca a necessidade de uma discussão com o médico sobre a combinação de medicamentos, especialmente quando há mudanças no peso e fertilidade.

A endocrinologista ressalta que o Ozempic não é indicado para pessoas com diabetes tipo 1 e aquelas com cetoacidose diabética. Além disso, pacientes com histórico familiar de carcinoma medular de tireoide ou síndrome de neoplasia endócrina múltipla tipo 2 devem avaliar cuidadosamente a possibilidade de uso do medicamento.

Por fim, Thais Mussi destaca a importância de esclarecer que o Ozempic não é uma forma de substituir a insulina no tratamento da diabetes e, portanto, não deve ser utilizado dessa maneira. O acompanhamento médico é fundamental para garantir o uso seguro e eficaz do medicamento, além de promover mudanças no estilo de vida voltadas para uma alimentação saudável e atividade física.

“A matéria apresentada neste portal tem caráter informativo e não deve ser considerada como aconselhamento médico. Para obter informações fornecidas sobre qualquer condição médica, tratamento ou preocupação de saúde, é essencial consultar um médico especializado.”

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