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Dengue no Rio de Janeiro tem número de casos seis vezes maior que o esperado

Já são quatro óbitos confirmados no Estado: dois no município do Rio de Janeiro, um em Mangaratiba e um em Itatiaia

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Agência Brasil

Publicado em 19/02/2024 às 16:32 | Atualizado em 19/02/2024 às 16:48
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O boletim semanal Panorama da Dengue, divulgado sexta-feira (16) pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ), mostrou que o Estado está com um número de casos prováveis de dengue seis vezes acima do limite máximo esperado para esta época do ano, de acordo com a série histórica dos últimos dez anos.

Já são quatro óbitos confirmados: dois no município do Rio de Janeiro, um em Mangaratiba e um em Itatiaia.

A análise mostrou ainda que a tendência de aumento na transmissão de casos se mantém pela nona semana consecutiva.

De janeiro até 15 de fevereiro, foram registrados 41.252 casos de dengue em todo o Estado, número equivalente a 80% dos casos notificados em todo o ano de 2023, quando o Rio de Janeiro teve 51.479 casos da doença.

Elaborado pelo Centro de Inteligência em Saúde (CIS) da SES-RJ, o boletim usa um modelo de cálculo epidemiológico conhecido como nowcasting, que leva em conta o atraso de inserção de dados no sistema de vigilância.

O período analisado pelo boletim corresponde à semana epidemiológica 6 (SE 6), que vai do dia 4 a 10 de fevereiro deste ano, incluindo o período de Carnaval. Foram registrados nesse período 6.593 casos.

Com base no modelo de análise, a secretaria estima que mais de 25 mil novos casos devem ser registrados para o período. Ou seja, cerca de 19 mil registros ainda devem entrar no sistema.

O Panorama da Dengue apresenta também o indicador Excesso de Casos (EC), que mostra quantas vezes o número de casos registrados excede o limite máximo considerado dentro do esperado para o momento atual.

Por essa métrica, as regiões Metropolitana I - que inclui a capital e Baixada Fluminense - e Serrana são as que apresentam o maior excesso de casos (20 vezes e 5,6 vezes, respectivamente). Em seguida vêm as regiões Centro-Sul (EC = 4,7 vezes) e Baía de Ilha Grande (EC aproximado de 3 vezes), onde estão Angra dos Reis, Paraty e Mangaratiba.

Segundo a secretária de estado de Saúde, Claudia Mello, a pasta vem monitorando o crescimento da transmissão em todo o Estado, com oferta de apoio aos 92 municípios, treinamento de profissionais com os protocolos de diagnóstico e tratamento dos pacientes e envio de insumos, equipamentos e medicamentos para montagem de salas de hidratação nos municípios, entre outras ações.

"Mas é importante também que a população esteja junto conosco neste momento, com uma série de medidas para controlar e eliminar focos de dengue dentro de casa, onde ficam 80% dos criadouros do Aedes aegypti", afirmou Claudia, em nota.

“A matéria apresentada neste portal tem caráter informativo e não deve ser considerada como aconselhamento médico. Para obter informações fornecidas sobre qualquer condição médica, tratamento ou preocupação de saúde, é essencial consultar um médico especializado.”

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