SAÚDE

Vacina da dengue é segura: especialistas reforçam importância da vacinação

Brasil enfrenta um aumento no número de casos de dengue desde o início do ano

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Flávio Oliveira

Publicado em 12/03/2024 às 8:59
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Apesar dos relatos de reações alérgicas graves após a vacinação, a vacina contra a dengue continua sendo segura e recomendada para todas as crianças entre 10 e 14 anos. Esta orientação, divulgada pelo Ministério da Saúde em uma nota técnica, é respaldada por infectologistas entrevistados pelo jornal O Globo.

Recentemente, o Ministério da Saúde informou que registrou 16 casos de pessoas que apresentaram reações alérgicas graves após receber a vacina contra a dengue. Essas reações podem ocorrer com qualquer medicamento.

Embora não tenham sido observadas durante os ensaios clínicos com mais de 20 mil crianças e adolescentes de 4 a 16 anos, espera-se que esse tipo de reação ocorra quando a vacina é aplicada na vida real, devido ao aumento no número de pessoas imunizadas.

O que dizem os profissionais

O infectologista Alexandre Naime Barbosa, professor da Unesp Botucatu e coordenador científico da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), destaca que quase qualquer medicamento pode desencadear uma reação alérgica grave e anafilaxia.

A frequência esperada para esse tipo de reação após a vacinação varia entre 1 caso para cada 100 mil pessoas vacinadas e 1 caso para cada 1 milhão. Com base em 365 mil doses aplicadas, esses 16 casos equivalem a uma incidência de 4 para cada 100 mil.

Já o infectologista Julio Croda, pesquisador da Fiocruz e professor da Universidade Federal do Mato Grosso, afirma: "A vacina continua sendo custo-benefício. Ela protege contra 80% dos casos sintomáticos e 90% das hospitalizações. Esse evento continua sendo raro e a vacinação é recomendada".

Os especialistas salientam que, embora seja uma ocorrência maior do que o esperado, ainda é um evento bastante raro. Além disso, todos os casos foram controlados e os pacientes evoluíram bem.

O próximo passo para o Ministério da Saúde e a farmacovigilância é investigar por que essas reações adversas não foram observadas nos ensaios clínicos e por que estão ocorrendo com essa frequência. Uma das hipóteses é a manipulação incorreta da vacina.

Diante desse cenário, o Ministério da Saúde recomendou que as crianças permaneçam sob observação por 15 a 30 minutos após a vacinação: pessoas sem histórico de alergias devem aguardar 15 minutos, enquanto aquelas com alergias precisam esperar 30 minutos. Além disso, a vacina deve ser administrada em unidades de saúde com capacidade para lidar com possíveis reações alérgicas.

*Com informações de O Globo

“A matéria apresentada neste portal tem caráter informativo e não deve ser considerada como aconselhamento médico. Para obter informações fornecidas sobre qualquer condição médica, tratamento ou preocupação de saúde, é essencial consultar um médico especializado.”

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