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Dengue: testes rápidos para diagnóstico de dengue são recomendados

Casos de dengue tiveram um aumento expressivo desde o início do ano

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Flávio Oliveira

Publicado em 13/03/2024 às 10:37
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O Ministério da Saúde está agora recomendando o uso de testes rápidos para diagnosticar e monitorar casos de dengue. A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, anunciou a elaboração de uma nota técnica para orientar estados e municípios sobre o uso desses testes.

“Já iniciamos a compra para distribuição”, afirmou Ethel em uma entrevista coletiva. Ela destacou que outros testes, como o RT-PCR, que foram amplamente usados durante a pandemia de covid-19, são mais sensíveis na detecção do vírus.

No entanto, diante do aumento nos casos de dengue no país, o Ministério da Saúde optou por recomendar o teste rápido para o diagnóstico da doença, desde que os profissionais de saúde estejam devidamente orientados.

Segundo a coordenadora-geral de Laboratórios de Saúde Pública, Marília Santini, o teste rápido recomendado pelo ministério deve ser realizado nos primeiros cinco dias após o surgimento dos sintomas, período em que a maioria dos pacientes procura atendimento médico. Mesmo com um resultado negativo, o paciente deve ser monitorado e medidas estratégicas, como a hiper-hidratação, devem ser adotadas.

Marília também esclareceu que, para casos graves e suspeitas de morte por dengue, a orientação do ministério é realizar exames laboratoriais, e não testes rápidos, devido às limitações destes, como a incapacidade de identificar o sorotipo específico do vírus causador do agravamento do quadro ou do óbito do paciente.

Autotestes no Brasil

Além disso, Marília confirmou que estão em andamento negociações com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a comercialização de autotestes para dengue no Brasil.

Ela explicou que o teste rápido e o autoteste são essencialmente o mesmo dispositivo, sendo que o primeiro é administrado por um profissional de saúde e o segundo pode ser realizado pelo próprio paciente.

Entretanto, Marília ressaltou que, ao contrário do que ocorre com a covid-19, em que o autoteste contribui para interromper a transmissão do vírus através do isolamento, o autoteste de dengue não tem esse efeito, uma vez que a doença é transmitida apenas pela picada do mosquito Aedes aegypti. "A gente ainda está iniciando uma discussão técnica.", concluiu.

*Com informações de Agência Brasil

“A matéria apresentada neste portal tem caráter informativo e não deve ser considerada como aconselhamento médico. Para obter informações fornecidas sobre qualquer condição médica, tratamento ou preocupação de saúde, é essencial consultar um médico especializado.”

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