ARBOVIROSES

Febre Oropouche tem dez casos confirmados no Rio de Janeiro

Os sintomas da febre Oropouche são muito parecidos com os da dengue. O quadro dura de dois a sete dias e inclui febre de início súbito, dor de cabeça intensa, dor nas costas e na lombar, além de dor articular

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Agência Brasil

Publicado em 30/04/2024 às 11:22
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A Secretaria de Estado de Saúde do Rio recebeu a confirmação de dez casos de febre Oropouche, uma doença causada por um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes) do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae.

A informação foi dada, na segunda-feira (29), pelo Laboratório Central Noel Nutels (Lacen) e pelo laboratório de referência da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Os casos, que foram registrados entre os dias 9 e 18 de abril nos municípios de Japeri, Valença, Piraí e Rio de Janeiro, seguem para investigação. O objetivo da analise é verificar se os casos são autóctones (transmissão local) ou importados (transmissão ocorre em outro território).

A febre Oropouche é provocada por um vírus, isolado pela primeira vez no Brasil em 1960. Desde então, é detectado principalmente nos Estados da região amazônica. É transmitido por mosquitos e pode circular em ambientes silvestres e urbanos.

Os sintomas da febre Oropouche são muito parecidos com os da dengue. O quadro dura de dois a sete dias e inclui febre de início súbito, dor de cabeça intensa, dor nas costas e na lombar, além de dor articular. Também pode haver tosse, tontura, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos.

Não existe tratamento específico para a febre Oropouche. Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento médico.

"O vírus da febre Oropouche é endêmico no Amazonas e apresenta alguns períodos de surto. A letalidade registrada é baixa. A orientação que vamos passar aos municípios é de que mantenham a conduta médica feita nos casos de suspeita de dengue", diz a secretária Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Claudia Mello. 

A Secretaria estadual de Saúde, em parceria com os municípios envolvidos, fará a investigação epidemiológica nos dez casos positivos para doença. Além disso, realizará a investigação entomológica (captura de mosquito) nas regiões que tiveram casos confirmados.

Primeiro infectado

O primeiro caso de infecção pela febre Oropouche no Estado do Rio foi registrado no fim de fevereiro e confirmado à Secretaria de Saúde pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, da Fiocruz.

Foi um homem de 42 anos, morador do bairro do Humaitá, Zona Sul da capital, que tem histórico de viagem para o Amazonas.

O paciente não foi internado durante o período da doença e se recuperou.

Esse caso foi considerado importado, após análise do histórico de viagem do paciente ao Estado do Amazonas, que já vivia expressivo aumento do número de casos nos primeiros meses de 2024.

*Inclui informações da reportagem do JC

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