Transtorno de pânico: sintomas da crise, causas e tratamento são tema de evento no Recife; veja como participar

Distúrbio é acompanhado por crises repentinas e intensas de ansiedade, com forte sensação de medo, mal-estar, ritmo cardíaco acelerado e outros sinais

Publicado em 12/08/2024 às 11:51 | Atualizado em 12/08/2024 às 11:54

Palpitação, taquicardia, suor em excesso, tremor, náusea, tontura e medo de morrer estão entre as manifestações que podem estar presentes numa crise de ansiedade, aquela que afeta negativamente a rotina e a vida social. Nesse contexto, precisamos falar sobre o transtorno de pânico, que é acompanhado por crises repentinas e intensas, com forte sensação de medo ou mal-estar.

Esse é o tema de um evento que será realizado na próxima quinta-feira (15/8), às 17h, no auditório da Livraria Jaqueira do Bairro do Recife.

Três especialistas participam do evento: Rosana Miranda (psicóloga clínica), Wilson Oliveira (médico e professor de cardiologia da Universidade de Pernambuco) e Amanda Britto Lyra (psicanalista associada ao Círculo Psicanalítico de Pernambuco - CPP). 

Quem quiser assistir às palestras do evento deve levar um quilo de alimento não perecível ou uma lata de leite. 

O transtorno de pânico faz parte dos distúrbios de ansiedade. É caracterizado pela presença de três síndromes clínicas: o ataque de pânico, a ansiedade antecipatória (paciente desenvolve preocupação de que um ataque de pânico ocorra novamente, o que leva a um estado crônico de ansiedade) e a esquiva fóbica - condição em que a pessoa fica tão amedontrada de sofrer novo ataque de pânico que evita estar em locais ou situações de onde seja difícil escapar ou obter ajuda. 

Em linhas gerais, a intensidade de sintomas (coração acelerado, falta de ar e mãos trêmulas) diferencia a ansiedade de um ataque de pânico.

O ataque de pânico, segundo mostra um artigo publicado na revista Debates em Psiquiatria, é um período de intenso medo ou desconforto, em que quatro ou mais dos seguintes sintomas se desenvolvem abruptamente e atingem um pico em torno de dez minutos:

  • 1) Falta de ar (dispneia) ou sensação de asfixia
  • 2) Vertigem, sentimentos de instabilidade ou sensação de desmaio
  • 3) Palpitações ou ritmo cardíaco acelerado (taquicardia)
  • 4) Tremor ou abalos
  • 5) Sudorese
  • 6) Sufocamento
  • 7) Náusea ou desconforto abdominal
  • 8) Despersonalização ou desrealização (paciente se sente constantemente desconectado de seu corpo e de seus pensamentos)
  • 9) Anestesia ou formigamento (parestesias)
  • 10) Ondas de calor ou frio
  • 11) Dor ou desconforto no peito
  • 12) Medo de morrer
  • 13) Medo de enlouquecer ou cometer ato descontrolado

A Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta para o fato de a ansiedade ser uma das responsáveis pela metade das doenças mentais existentes no mundo. O transtorno de pânico atinge de 2% a 4% da população mundial, de acordo com a OMS. 

É importante destacar que é possível tratar a síndrome do pânico e retomar a qualidade de vida.

A psicoterapia e o tratamento medicamentoso ajudam a controlar os ataques de pânico, pois são capazes de diminuir a frequência e a intensidade dos sintomas.

A terapia ajuda o paciente a trabalhar formas de lidar com os sintomas e até mesmo evitá-los. Já os medicamentos podem ser usados mediante orientação médica. 

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