Após meses em falta, Hospital Barão de Lucena recebe bolsas de ostomia
Além da reposição dos insumos, o HBL iniciou reavaliação de pacientes ostomizados para realização de cirurgia reconstrutora do trânsito intestinal
Há meses, pacientes ostomizados do Hospital Barão de Lucena (HBL), no Recife, vem reclamando da falta de bolsas coletoras. O hospital estadual é responsável pela aquisição e repasse dos insumos aos pacientes da unidade.
Pacientes ostomizados são aqueles que precisaram passar por uma intervenção cirúrgica para fazer uma abertura ou caminho alternativo para a saída de fezes ou urina do corpo.
Dessa maneira, a bolsa coletora funciona como uma extensão do corpo do paciente, se tornando insumo essencial no dia a dia e pode custar mais de R$ 200.
Reavaliação dos pacientes
Após meses de protestos dos pacientes, o Hospital Barão de Lucena iniciou nesta segunda-feira (16/09) os atendimentos ambulatoriais visando a reavaliação dos pacientes ostomizados.
As consultas, realizadas por cirurgião oncológico, buscam identificar os pacientes aptos para reconstrução de trânsito - cirurgia que permite a remoção da ostomia e a devolução para o paciente um trânsito intestinal habitual.
Durante o mês de setembro, a intenção do serviço é avaliar 12 pacientes para definição de conduta. Para o mês de outubro, o hospital espera ampliar os atendimentos com o especialista.
Os pacientes que passarão por essas consultas de reavaliação estão sendo contactados pelo Barão de Lucena através do cadastro hospitalar.
Os pacientes do Programa de Ostomizados passarão por um recadastramento no novo sistema integrado estadual. A atualização dos dados permitirá direcioná-los para a reavaliação da ostomia.
Atualmente, o programa conta com 3 mil pacientes cadastrados, além de 465 acompanhados nas UPAEs e 252 no Hospital Regional do Agreste (HRA).
Reposição de bolsas coletoras
Na última quarta-feira (11/09), a unidade recebeu as primeiras 2.630 bolsas de ostomia, com previsão de chegada de mais insumos nos próximos dias para atender quatro grupos de ostomizados que necessitam de materiais específicos.
Cada paciente utiliza em média 10 a 15 bolsas por mês, sendo assim, os novos insumos devem suprir uma média de apenas 260 pacientes.