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BRASÍLIA AGORA: Hotel de Lula é cercado por tropa de choque da Polícia Militar e grupo de elite da Polícia Federal

O Comando de Operações Táticas da Polícia Federal (PF) e a tropa de choque da Polícia Militar do Distrito Federal cercaram o hotel do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após extremistas darem início a ações violentas

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Amanda Azevedo

Publicado em 12/12/2022 às 22:15 | Atualizado em 12/12/2022 às 23:06
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Com Estadão Conteúdo 

O Comando de Operações Táticas da Polícia Federal (PF) e a tropa de choque da Polícia Militar do Distrito Federal cercaram nesta segunda-feira (12) o hotel do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após extremistas bolsonaristas darem início a ações violentas.

Os ataques começaram após a prisão do indígena José Acácio Serere Xavante, conhecido como Cacique Serere, por suposta prática de condutas ilícitas em atos antidemocráticos.

Um grupo incendiou um ônibus no Eixo Monumental - principal via pública da capital federal - e outros carros foram danificados em frente à Polícia Federal. Vestidos de verde e amarelo, manifestantes tentaram invadir a sede da PF.

Evaristo Sá/AFP
Ônibus e carros foram queimados em Brasília - Evaristo Sá/AFP
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Manifestantes bolsonaristas promovem crimes nas ruas de Brasília - EVARISTO SA / AFP
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Manifestantes bolsonaristas promovem crimes nas ruas de Brasília - EVARISTO SA / AFP
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Manifestantes bolsonaristas promovem noite de vandalismo em Brasília no dia da diplomação de Lula - EVARISTO SA / AFP

No Setor Hoteleiro Norte, manifestantes foram contidos com bombas de gás de pimenta.

Mais cedo, a Polícia Militar do Distrito Federal também já havia reforçado a segurança no hotel de Lula após uma discussão entre apoiadores do presidente Jair Bolsonaro e militantes petistas.

Cacique Serere preso por determinação de Alexandre de Moraes

A pedido da procuradoria-geral da República, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão do Cacique Serere.

Segundo a Polícia Federal, Xavante teria realizado manifestações em diversos locais de Brasília, como no Congresso Nacional, Aeroporto Internacional de Brasília (onde invadiram a área de embarque), no centro de compras Park Shopping, na Esplanada dos Ministérios e em frente ao hotel onde o presidente eleito está hospedado.

Na decisão, Moraes afirma que a prisão preventiva é a única medida capaz de "garantir a higidez da investigação".

Ao pedir a prisão temporária, a PGR disse que ele vem se utilizando da sua posição de cacique do Povo Xavante para arregimentar indígenas e não indígenas para cometer crimes, mediante a ameaça de agressão e perseguição do presidente eleito e dos ministros do STF Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.

“A manifestação, em tese, criminosa e antidemocrática, revestiu-se do claro intuito de instigar a população a tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo a posse do presidente e do vice-presidente da República eleitos”, registrou a PGR.

A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF) informa que as forças de segurança reforçaram a atuação, em toda área central do capital, para controle de distúrbios civis, do trânsito e de eventuais incêndios. As ações começaram em frente ao edifício-sede da Polícia Federal (PF), em decorrência do cumprimento de mandado de prisão, e se estenderam para outros locais da região central.

Como medida preventiva, o trânsito de veículos na Esplanada dos Ministérios, na Praça dos Três Poderes e outras vias da região central está restrito até nova mudança de cenário, após avaliação de equipe técnica. A recomendação dos órgãos de trânsito é a de que os motoristas evitem o centro da cidade.

"As imediações do hotel em que o presidente da república eleito está hospedado tem vigilância reforçada por equipes táticas e pela tropa de choque da Polícia Militar do Distrito Federal".

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