FEMINICÍDIO: Mulher é morta por ex-companheiro que já tinha sido preso por violência doméstica
A dona de casa Gabriela Mara da Silva, 27, é mais uma vítima de feminicídio no Grande Recife
Com informações da repórter Dyandhra Monteiro, da TV Jornal
A dona de casa Gabriela Mara da Silva, de 27 anos, foi vítima de feminicídio nesta terça-feira (27). A vítima foi morta com um tiro no peito pelo ex-companheiro em Paulista, Grande Recife.
Segundo parentes, a mulher estava arrumando a mudança de imóvel quando foi surpreendida pelo homem, de 42 anos, no novo endereço.
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Os familiares relataram que o ex-companheiro havia sido preso em flagrante por violência doméstica, há cerca de um mês, por incendiar a casa de Gabriela e a ameaçar com uma faca. Ainda de acordo com eles, o homem teria sido liberado após o pagamento de uma fiança.
"Ele ligou pra ela depois da delegacia e disse que estava solto depois de pagar a fiança. Disse que se ela não voltar pra ele, ele iria matá-la onde ela estivesse", relata uma parente de Gabriela que não quis ser identificada.
FEMINICÍDIO
Os parentes ainda estavam arrumando a mudança, quando o suspeito chegou ao endereço da vítima. Com a dona de casa estavam outras três mulheres e uma criança.
O homem teria invadido a residência, chegando a jogar gasolina na vítima, que correu para pedir ajuda. Foi então que ele sacou uma arma e disparou contra Gabriela.
"Ele chegou e disse que queria falar e que ela tinha que voltar pra ele. Ela disse que não queria mais e quando se afastou ele jogou uma garrafa de gasolina nela e tentou acender um fósforo. Como não conseguiu, ele deu tiro nela", relata uma tia da vítima que presenciou o crime.
Outra testemunha, uma amiga da jovem assassinada narrou os momentos de desespero. "Ela lutou contra ele. Ele invadiu a casa e acabou acontecendo uma tragédia."
Ao JC, a Polícia Civil de Pernambuco informou que o crime está sendo investigado pela Equipe de Força Tarefa de Homicídios da Região Metropolitana Norte.
NÚMEROS EM PERNAMBUCO
De 1º de janeiro a 30 de novembro de 2022, foram registradas 63 mortes violentas motivadas por questões de gênero contra mulheres. Já no mesmo período do ano passado, a polícia somou 81 registros. A queda foi de 22,2%.