ALEXANDRE DE MORAES: Servidores do Poder Judiciário podem estar envolvidos no falso mandado de prisão do ministro do STF
Corregedoria Nacional de Justiça instaurou processo para apurar o uso indevido de credencial de acesso ao Banco Nacional de Monitoramento de Prisões
O falso mandado de prisão expedido contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes levou a Corregedoria Nacional de Justiça a instaurar processo para apurar o uso indevido de credencial de acesso ao Banco Nacional de Monitoramento de Prisões.
O processo foi aberto pelo corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão. Após detectar o problema no banco, o CNJ restringiu o acesso ao sistema.
"Trata-se de fato que atenta contra a autoridade de Ministro da Corte Suprema, além da possível violação das barreiras de segurança de relevante sistema informático do Poder Judiciário", citou Salomão.
A Corregedoria considera que, embora ideologicamente falso, o documento foi gerado no sistema do Banco Nacional de Monitoramento de Prisões, "o que pode indicar possível participação de servidores do Poder Judiciário".
MANDADO DE PRISÃO CONTRA ALEXANDRE DE MORAES
O mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes foi emitido como se ele próprio tivesse assinado.
"Expeça-se o mandado de prisão em desfavor de mim mesmo, Alexandre de Moraes. Publique-se, intime-se e faz o L", diz parte do falso mandado.
O texto também coloca litigância de má-fé como motivo da "condenação", fazendo referência à ação do ministro em aplicar uma multa de R$ 22,9 milhões ao PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, por contestar sem provas a segurança do processo eleitoral.
"Sem me explicar, porque sou como um deus do Olimpo, defiro a petição inicial, tanto em razão da minha vontade como pela vontade extraordinária de ver o Lula continuar na presidência", afirmou a ordem fraudulenta.
A Polícia Federal apura se houve um ataque hacker nos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).