MORTE DE FAMÍLIA NO DF

MORTE DE FAMÍLIA NO DF: o que se sabe sobre o assassinato de seis pessoas da mesma família

A Polícia Civil do Distrito Federal começou a desvendar parte da história que envolve o desaparecimento de dez integrantes da mesma família

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Amanda Azevedo

Publicado em 18/01/2023 às 16:00
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A Polícia Civil do Distrito Federal começou a desvendar parte da história que envolve o desaparecimento de dez integrantes da mesma família. As informações são da Estadão Conteúdo.

Na tarde de terça-feira (17), os policiais do 6º DP do Distrito Federal, em Paranoá, prenderam em flagrante dois homens de 56 e 49 anos, pelos crimes de extorsão qualificada pelo resultado morte e associação criminosa.

Eles teriam sido os responsáveis pelos seis corpos que foram encontrados carbonizados entre 13 e 14 de janeiro. As vítimas estavam dentro de carros que pertenciam a duas das pessoas que são do grupo de desaparecidos

Nesta quarta-feira (18), foi confirmada a prisão de mais um envolvido, realizada na noite de terça-feira. Trata-se de um homem de 34 anos, que teria participado da vigilância das vítimas enquanto estas eram mantidas em cárcere privado em Planaltina, também no Distrito Federal.

PCDF
Local onde família foi mantida refém - PCDF

"A investigação constatou que os presos participaram da ação criminosa e a finalidade do crime foi subtrair valores das vítimas. Durante a prisão, foram encontrados R$ 10 mil com os autuados, os quais teriam recebido R$ 100 mil pela prática criminosa", afirmou o delegado-chefe da 6ª DP, Ricardo Viana.

Os criminosos teriam sido contratados por Thiago Gabriel Belchior de Oliveira, de 30 anos, e por Marcos Antônio Lopes de Oliveira, de 54, que são o marido e o sogro da cabeleireira Elizamar Silva, de 39 anos, uma das desaparecidas.

REPRODUÇÃO/REDES SOCIAIS
Cabeleireira Elizamar Silva - REPRODUÇÃO/REDES SOCIAIS

De acordo com o delegado, após a prisão, um dos presos indicou a participação de ambos nos dois crimes citados.

"Portanto, os dois (Thiago e Marcos) que estariam constando como desaparecidos teriam tido participação efetiva no crime e depois fugido do Distrito Federal", disse Viana.

"As investigações continuam com o intuito de verificar a versão apresentada, isto é, se Marcos e Thiago estão vivos e se realmente foram coautores do hediondo crime", afirmou o delegado.

Ainda de acordo com a investigação, existe a suspeita que eles tenham fugido com uma mulher, que seria amante de Marcos, e a filha dela. As duas também estão na lista de desaparecidos.

A empresária Elizamar foi vista pela última vez no dia 12 de janeiro. Junto com três filhos menores do casal - um menino de 7 anos e os gêmeos de 6 anos -, ela foi à cidade de Paranoá para se encontrar com Thiago, que estava na casa dos pais dele.

CORPOS DE FAMÍLIA DESAPARECIDA SÃO ENCONTRADOS CARBONIZADOS

No dia seguinte, o carro de Elizamar foi encontrado carbonizado com quatro corpos dentro. O veículo estava em Cristalina, Goiás.

No sábado, o carro de Marcos Antônio, pai de Thiago, também foi encontrado carbonizado com mais dois corpos dentro, na cidade de Unaí, em Minas Gerais.

Há chances de os restos mortais serem da sogra e cunhada de Elizamar, mãe e irmã de Thiago. Nenhuma das vítimas, contudo, teve a identidade confirmada ainda pelo Instituto Médico-Legal (IML).

Na noite desta terça-feira, o delegado Viana já havia dito que Thiago e Marco Antônio eram os principais suspeitos de serem os mandantes dos assassinatos de Elizamar, dos três filhos dela (que também são filhos de Thiago e netas de Marco Antônio), e da sogra e cunhada da empresária.

Os presos foram encaminhados à carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE) para posterior audiência de custódia.

O caso está sendo apurado pelas polícias civis do DF, de Goiás e de Minas.

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