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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu o comandante do Exército, general Júlio César de Arruda.
Nessa sexta-feira (20), Arruda participou de uma reunião com Lula, o ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, e os comandantes da Marinha e da Aeronáutica.
Ele estava no cargo desde 30 de dezembro de 2022, ainda no fim do governo Jair Bolsonaro. Foi uma medida acertada pela equipe de transição de Lula com a gestão anterior para que a troca do comando ocorresse ainda com Bolsonaro no poder,.
Porém, com os atos golpistas do dia 08, começou uma tensão entre o então comandante e Lula.
Arruda chegou a impedir a entrada de policiais militares do Distrito Federal no acampamento montado em frente ao Quartel General do Exército, depois dos atos de vandalismo nas sedes dos Três Poderes.
Quem substituiu Júlio César de Arruda foi o general Tomás Miguel Ribeiro Paiva.
Nascido em São Paulo, ele iniciou sua carreira militar em 1975 quando entrou na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, em Campinas (SP).
Aos 62 anos, Paiva já participou de missões do Exército no Haiti em 2010 e foi Comandante da Força de Pacificação da Operação Arcanjo VI, no Complexo da Penha e do Alemão, no Rio de janeiro em 2012.
Em 2019 ele ganhou o título de general e integrou o Alto Comando do Exército, órgão colegiado onde são discutidos temas da Política Militar Terrestre e assuntos de interesse do comandante do Exército.
Na sexta-feira, Paiva, já favorito do PT e do PSDB, falou sobre os ataques de Brasília, reafirmando compromisso com a segurança e a democracia.
Vamos continuar garantindo a nossa democracia, porque a democracia pressupõe liberdade e garantias individuais e públicas. E é o regime do povo, de alternância de poder. É o voto. E, quando a gente vota, tem de respeitar o resultado da urna