Flávio Dino espera até 30 anos de prisão caso PF comprove, em investigação, genocídio dos Yanomami
Ministro da Justiça e Segurança Pública alertou que autoridades poderão depor no caso
Com Estadão Conteúdo
A Polícia Federal (PF) instaurou inquérito, por determinação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, para apurar os responsáveis pela crise humanitária na Terra Indígena Yanomami. Serão investigados crimes de genocídio, omissão de socorro, crimes ambientais e peculato. A investigação tramitará em Roraima, sob sigilo.
Leia nesta matéria:
- Há genocídio do povo Yanomami?
- Punições por atos contra os Yanomami
Há genocídio do povo Yanomami?
Em coletiva realizada na última segunda-feira (23), Dino disse ver "fortes indícios" de genocídio por parte da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. O ministro disse que "assassinar crianças é forma óbvia de levar a um extermínio de um povo".
De acordo com a pasta, mais de 500 crianças indígenas morreram por causas evitáveis nos últimos quatro anos na região.
Punições por atos contra os Yanomami
O ministro Flávio Dino reiterou, em entrevista à GloboNews, que as punições aos culpados, caso identificados, podem chegar a 30 anos de prisão. O ministro ressaltou que "autoridades podem ser chamadas para depor".
Dino também apontou para indícios de corrupção e disse que "milhões de reais foram alocados" a atendimento aos indígenas, "mas não encontraram eficácia". Outro eixo de ação do ministério, de acordo com o Dino, será a "desintrusão" de terras invadidas por garimpo ilegal.
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