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artísticas, nas mais diversas áreas, como literatura, música, cinema e artes visuais.
O incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria, Rio Grande do Sul, completa dez anos nesta sexta-feira (27). A tragédia deixou 242 mortos e 636 feridos.
Um projeto da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), em parceria com o Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul, a Fundação Escola Superior do Ministério Público e a Associação do Ministério Público do Rio Grande do Sul mostra como era a Boate Kiss antes do incêndio, por meio da reconstrução do ambiente em imagens 3D.
RELEMBRE O INCÊNDIO NA BOATE KISS
O fogo começou por volta das 3h do dia 27 de janeiro de 2013, quando o vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo dos Santos, acendeu um artefato pirotécnico que atingiu o teto da Boate Kiss.
A espuma usada para isolar o som do ambiente produziu substâncias tóxicas, como cianeto, o que causou a maioria das mortes. De acordo com sobreviventes, uma fumaça preta tomou conta da Boate Kiss em segundos.
A Boate Kiss estava superlotada, não tinha equipamentos para combater o fogo, nem saídas de emergência suficientes. Além disso, num primeiro momento, segundo testemunhas, seguranças impediram que clientes saíssem sem pagar.
A maior parte dos corpos foi achada nos banheiros da boate, confundidos com a saída do local.
Veja como ficou a Boate Kiss depois do incêndio
JULGAMENTO DO CASO DA BOATE KISS
Familiares e sobreviventes da tragédia ainda aguardam o desfecho judicial.
Os sócios da boate Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann; o vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos; e o auxiliar Luciano Bonilha Leão foram acusados de homicídio pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul e condenados à prisão.
No entanto, em agosto do ano passado, o julgamento foi anulado sob o argumento de descumprimento de regras na formação do Conselho de Sentença. Agora, o processo está na fase recursal.