POLÍCIA

CASO SOPHIA: Laudo confirma estupro de menina de 2 anos morta. Mãe e padrasto estão presos

A criança morreu em 26 de janeiro em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, por traumatismo na coluna cervical

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Katarina Moraes

Publicado em 04/02/2023 às 13:13 | Atualizado em 04/02/2023 às 13:28
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Com informações do G1

O laudo de necrópsia de Sophia Jesus Ocampo, de 2 anos, concluído nessa sexta-feira (3), mostrou que a criança foi estuprada.

Ela morreu no dia 26 de janeiro em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, por traumatismo na coluna cervical.

Segundo a declaração de óbito, o trauma na coluna cervical evoluiu para o acúmulo de sangue entre o pulmão e a parede torácica.

Sophia chegou a ser atendida em postos de saúde de Campo Grande 30 vezes antes de morrer. Da última vez, chegou sem vida.

A polícia relatou que a criança já estava morta havia cerca de quatro horas quando deu entrada na unidade de saúde. As médicas perceberam que a criança tinha lesões no corpo e também nas partes íntimas.

Stephanie de Jesus Da Silva e Christian Campoçano Leitheim, mãe e padrasto da menina, estão presos preventivamente pelos crimes de homicídio qualificado e estupro de vulnerável.

REPRODUÇÃO/G1
Mãe e padastro tiveram a prisão temporária convertida em preventiva - REPRODUÇÃO/G1

A médica que recebeu Sophia contou aos policiais que a mãe informou ter encontrado a filha desacordada e que ela estava tranquila mesmo após ser avisada do falecimento, apresentando nervosismo apenas quando avisada que a polícia seria acionada.

CASO SOPHIA

Dois boletins de ocorrência foram registrados pelo pai, Jean Carlos Ocampo, por maus-tratos, que também havia feito denúncias ao Conselho Tutelar. Ele tentava conseguir a guarda da criança há 13 meses, sem sucesso.

Ele perdeu a guarda depois de assumir um relacionamento homoafetivo e a menina foi morar com a mãe e o padrasto, onde era torturada e sofria abusos.

Em entrevista ao Globo, o outro padrasto da vítima, Igor de Andrade, casado com o pai da criança, relatou que em uma das vistorias realizadas no corpo de Sophia após as suspeitas de maus-tratos foi observada uma fissura na região do ânus.

Ao questionar a mãe sobre o ferimento, ela teria dito que a filha estava apenas “ressecada”.

Na última quinta-feira (2), uma reunião entre vários órgãos públicos discutiu as falhas no caso de Sophia.

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