MAUS-TRATOS

"Cenário macabro": Polícia encontra cães queimados e suspeita que carne dos animais era vendida

Homem de 52 anos foi preso após polícia encontrar restos mortais de cachorros na casa dele, em Camaragibe, no Grande Recife

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Raphael Guerra

Publicado em 03/03/2023 às 14:32 | Atualizado em 03/03/2023 às 14:33
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Homem foi preso por maus-tratos a animais em Camaragibe
Homem foi preso por maus-tratos a animais em Camaragibe - DIVULGAÇÃO

Um ambulante de 52 anos foi preso em flagrante pelo crime de maus-tratos contra animais. Segundo a Polícia Civil, cachorros queimados e outros em situação de desnutrição foram encontrados na residência do suspeito, no município de Camaragibe, no Grande Recife. 

A prisão aconteceu nessa quinta-feira (2). De acordo com a delegada Margareth Galdino, titular da Delegacia de Polícia do Meio Ambiente, uma denúncia feita por vizinhos que sentiram um forte mau cheiro ajudou a polícia a descobrir os maus-tratos.

"Falaram que ele tinha usado facão para matar os cachorros e queimá-los. O cenário era macabro. Tinha resto de cachorro, cachorro queimado. Era uma coisa muito triste", descreveu. 

A polícia investiga se as carnes dos cachorros eram usadas em alimentos vendidos pelo ambulante, como espetinhos.

"Na geladeira tinha uma carne suspeita, carne branca. Com essa dúvida, a gente chamou o IC (Instituto de Criminalística", afirmou. 

"Uma testemunha contou que o homem vendia "mingau de cachorro" (uma espécie de sopa), espetinho e caldinho. Mas ele negou", disse a delegada.

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Na delegacia, o suspeito, que não teve o nome revelado pela polícia, negou as acusações.

"Ele negou tudo. Disse que queimou os cachorros porque eles já estavam mortos. Ele disse que chegou de São Paulo e viu os cachorros moles e que, no outro dia, eles morreram. Aí preferiu queimar do que enterrar", contou Margareth.

Ela decidiu autuá-lo por maus-tratos. "Não só pelos cachorros queimados, mas tinha mais 10 lá. Todos magros, precisando de assistência", disse. 

O suspeito foi encaminhado, nesta sexta-feira (3), para audiência de custódia.

"A gente vai fazer de novo a ouvida dele, porque há mais informações aparecendo", concluiu a delegada.

Se condenado por maus-tratos, o suspeito pode pegar pena de dois a cinco anos de prisão. 

 


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