PCC: Quem é o líder do PCC? Por que o PCC queria matar Sergio Moro?
Líder do PCC está condenado a mais de 300 anos de prisão. Nesta terça-feira, Polícia Federal faz operação contra integrantes da facção
A facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) é alvo de operação da Polícia Federal nesta quarta-feira (22). O grupo, que tem origem em São Paulo, é um dos mais articulados e perigosos do País. Segundo investigações, o PCC tinha planos de sequestrar a matar o ex-juiz e atual senador Sergio Moro, além da mulher e filho dele.
O líder do PCC é Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, que está condenado a mais de 300 anos de prisão. O grupo é especializado no tráfico de drogas e também por homicídios - principalmente de pessoas consideradas rivais.
Desde janeiro de 2023, Marcola está cumprindo a pena no Complexo da Papuda, que fica no Distrito Federal.
Antes, o chefe do PCC cumpria pena na Penitenciária federal de Porto Velho, onde ficou por cerca de11 meses.
Tanto em Rondônia quanto em Brasília, as autoridades obtiveram informações de que haveria um plano para resgatá-lo da prisão - por isso a sequência de transferências de unidades prisionais.
POR QUE O PCC QUERIA MATAR SERGIO MORO?
Moro é ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro. No período em que esteve à frente da pasta, determinou várias transferências de presos - inclusive de integrantes do PCC - o que pode ter relação com o plano violento contra ele.
Outros agentes públicos também seriam vítimas de ações violentas do PCC, segundo apontam as investigações da Polícia Federal.
O portal Metrópoles revelou que outro alvo do PCC era o promotor de Justiça Lincoln Gakiya. A facção criminosa planejou o crime após o promotor pedir à Justiça a transferência de Marcola de São Paulo para um presídio federal, em 2018.
Marcola é o líder do PCC e um dos homens mais perigosos do País. Em 2019, ele foi transferido para a Penitenciária Federal de Brasília.
ENTENDA OPERAÇÃO DA PF CONTRA O PCC; ÚLTIMAS NOTÍCIAS
A Polícia Federal divulgou que a operação batizada de "Sequaz" tenta cumprir 11 mandados de prisão - sete preventivas e quatro temporárias - em Mato Grosso do Sul, Rondônia, São Paulo e Paraná. Além disso, o efetivo vasculha 24 endereços ligados a investigados.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, comentou a operação nas redes sociais:
Os integrantes do PCC, segundo a investigação, pretendiam atacar servidores públicos e autoridades, planejando homicídios e extorsão mediante sequestro em quatro Estados e no Distrito Federal.
SÉRGIO MORO COMENTA OPERAÇÃO CONTRA PCC
Nas redes sociais, o ex-ministro da Justiça e atual senador Sergio Moro agradeceu a atuação das forças de segurança, afirmando que ele e sua família estariam entre os alvos de "planos de retaliação do PCC".
De acordo com a PF, o nome da operação, "Sequaz", faz referência "ao ato de seguir, vigiar, acompanhar alguém". O termo foi utilizado em razão do "método utilizado pelos criminosos para fazer o levantamento de informações as possíveis vítimas".