ATAQUE EM CRECHE

TRAGÉDIA EM BLUMENAU HOJE: 'Era um menino super para cima', lembra amigo da família de Bernardo, morto em Blumenau

Corpos das crianças mortas em ataque a creche em Blumenau estão sendo enterrados nesta quinta-feira (06)

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Raphael Guerra

Publicado em 06/04/2023 às 12:59
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Oficiais da Marinha que trabalham com o pai de Bernardo Cunha Machado, de 5 anos, em Itajaí foram até o velório, na manhã desta quinta-feira (6), para prestar solidariedade à família de uma das quatro vítimas do ataque à creche Cantinho do Bom Pastor, em Blumenau, no dia anterior. As informações são da agência Estadão Conteúdo

"Era um menino super extrovertido, super para cima, assim como o pai", diz o suboficial Carlos Martiniano, de 42 anos.

Sob aplausos, o corpo do menino chegou para a cerimônia de sepultamento pouco após as 10h.

Martiniano trabalha há três anos com Bruno Machado, que é cabo da Marinha.

"Havia um carinho muito forte entre os dois, o Bruno sempre falava do filho, dizia que tinha pressa para voltar para casa", diz ele, que conta que o menino ia a diversas atividades da Marinha com o pai. Por conta disso, acabaram o conhecendo melhor. "A gente fica sem entender o que houve."

Na quarta-feira, após deixar a creche, Machado falou com jornalistas e relembrou os últimos momentos com o filho vivo.

"Hoje (ontem) a gente veio para a creche, eu, ele e um amiguinho, pulando, imitando um coelhinho", afirmou. "Agradeço a Deus por todos os momentos que vivi com o meu filho. A partir de hoje a memória dele vai ser honrada no meu coração."

Outras três crianças que morreram no ataque são veladas e serão enterradas até o começo da tarde em dois cemitérios de Blumenau.

INVESTIGAÇÕES DO ATAQUE À CRECHE EM BLUMENAU

O prefeito Mário Hildebrandt esteve no velório para prestar apoio às famílias. Ele comentou as investigações do caso. "Toda a inteligência da Polícia Civil está sendo usada para buscar situações de redes sociais, de denúncias, inclusive no celular desse indivíduo, se há alguma possibilidade de vínculo com alguém", disse.

Segundo ele, a avaliação dada pelo delegado-geral nesta quarta, 5, foi apenas preliminar. "É uma primeira análise, mas para confirmação, de que (o criminoso) agiu sozinho, o que vai dizer isso é o celular dele."

O homem de 25 anos, que tinha quatro passagens pela polícia, pulou o muro da creche, matou quatro crianças entre 4 e 7 anos e feriu outras cinco, que têm quadro estável. 

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